A expectativa da atividade econômica no Brasil avançou 0,8% em setembro, oitava alta consecutiva, apontou o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Atividade Econômica, divulgado nesta quarta-feira. O índice alcançou 99,6.
Segundo a Serasa, a proximidade deste indicador do nível 100 aponta que, num horizonte de seis meses, o volume de concessões reais de crédito às empresas (concessões nominais deflacionadas pelo IPCA) deverá estar completamente normalizado. Hoje, o volume de concessões de crédito às empresas encontra-se 7% abaixo do normal, girando na casa dos R$ 93 bilhões/mês ao passo que a curva da tendência de longo prazo aponta para um volume real mensal da ordem de R$ 100 bilhões/mês.
O crédito às empresas foi duramente atingido pela crise financeira internacional devido ao fechamento das fontes externas de recursos, seja pela impossibilidade de emissões primárias de bônus corporativos no mercado internacional de capitais, seja pelos repasses indiretos via captações da rede bancária doméstica no exterior. Além disto, a própria contração do PIB entre o 4º trimestre de 2008 e o 1º trimestre de 2009 bem como elevação da inadimplência no âmbito das empresas também contribuíram para o estreitamento do mercado de crédito das pessoas jurídicas no País.
Entretanto, no atual contexto de recuperação dos mercados financeiros internacionais e dos primeiros sinais de redução da inadimplência das pessoas jurídicas, a concessão de crédito às empresas coloca-se em rota de recuperação daqui até o final do primeiro trimestre de 2010.
Consumidor
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor recuou 1,2% em setembro de 2009, atingindo o valor de 103,3. A queda em agosto foi a terceira consecutiva deste indicador após ter atingido o pico de 105,9 em junho de 2009.
De acordo com a Serasa, o fato do indicador ter atingido o pico em junho aponta para um natal altamente favorável para o comércio. Isto porque o apetite por crédito do consumidor deverá ainda se manter estimulado não apenas pelo maior grau de confiança das pessoas físicas como também pelas condições mais favoráveis pelo lado da oferta de crédito (encargos declinantes e prazos mais dilatados).
As recentes quedas do Indicador Serasa Experian de Perspectiva de Crédito ao Consumidor apontam que o ritmo de concessões reais de crédito com recursos livres às pessoas físicas continuará crescendo, porém num ritmo mais brando do que o registrado ao longo dos últimos meses.
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva Econômica prevê o posicionamento do ciclo econômico seis meses antes, em média.