A CPI do Apagão Aéreo da Câmara ouve nesta terça-feira, 14, o diretor de segurança da TAM, Marco Aurélio Castro, que depõe às 10 horas para os deputados. Mais tarde, às 14 horas, os parlamentares ouvem o depoimento do comandante Alex Frischmann. Ele é diretor-técnico e de Segurança de Vôo da Associação de Tripulantes da TAM (ATT).
Frischmann também é instrutor e piloto de Airbus 320, mesmo modelo do avião que fazia o vôo 3054 da TAM e que se chocou com o prédio da empresa, no dia 17 de julho – no acidente, 199 pessoas morreram. O depoimento dos dois funcionários da TAM foi agendado para esclarecer a influência da falta do reverso direito no acidente, apontada como uma das causas da tragédia. O equipamento, que auxilia a desaceleração da turbina, estava travado por apresentar defeito.
Na quarta-feira, os deputados ouvem o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho; o depoimento está marcado para às 12 horas.
Por conta do acidente da TAM, o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), adiantou que pedirá a prorrogação dos trabalhos. Regimentalmente, a CPI pode ser prorrogada em até 60 dias. Quando criada, o objetivo era investigar o acidente com o Boeing da Gol, em setembro de 2006, quando 154 pessoas morreram.
Além disso, os parlamentares queriam investigar a infra-estrutura aeroportuária e o sistema de controle do tráfego aéreo e o novo marco regulatório para o setor aéreo. Com o acidente da TAM, os parlamentares centraram os trabalhos nas causas e responsabilidades pela tragédia.