O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) foi eleito nesta quinta-feira (3), por 16 votos a oito, presidente da CPI do Apagão Aéreo. Um outro deputado, Vanderlei Macris (PSDB-SP), também disputou o cargo. Macris foi o autor do requerimento que pedia a instalação da CPI na Câmara. Das 24 vagas da CPI, 16 são ocupadas por partidos da base governista e oito pela oposição.
Marcelo Castro procurou amenizar a disputa entre governo e oposição para presidir a comissão ao afirmar que, tradicionalmente, as CPIs são instrumento da minoria. Ele resslatou que a CPI “é uma prática legislativa” e que esta CPI “deve estar acima de todo embate político”. “A comissão terá que trabalhar ao lado do governo para resolver o problema do Apagão Aéreo”, afirmou o peemedebista.
O presidente da CPI escolheu o deputado petista Marco Maia (RS) como relator da comissão. Segundo o deputado gaúcho, a CPI convocará quem for necessário para esclarecer o problema. “Se tivermos que ouvir órgãos do governo, empresas aéreas e dirigentes públicos do setor, estaremos prontos para ir a fundo na questão”, afirmou. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito o primeiro vice presidente da CPI.
Sob a condução do deputado Paes Landim (PTB-PI), os parlamentares passaram cerca de 45 minutos debatendo a respeito dos cargos de comando da comissão. De acordo com o deputado Luiz Sérgio, líder do PT, a CPI “vai ser muito importante para o parlamento”.
O líder petista foi o autor do requerimento, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Câmara, que pedia o arquivamento da comissão na Câmara. No entanto, o Supremo Tribunal Federal ordenou a instalação da comissão, atendendo um mandado de segurança de deputados oposicionistas. (Lucas Ferraz e Rodolfo Torres)