Medida judicial afeta operações militares e resgates em áreas remotas
Em junho deste ano, o Ministério da Defesa foi alertado pelas Forças Armadas sobre os riscos de uma possível interrupção dos serviços da Starlink, empresa de Elon Musk. Esse alerta foi feito antes que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), bloqueasse as contas da Starlink no Brasil.
No documento, a importância dos serviços de internet via satélite fornecidos pela Starlink foi destacada pelas Forças Armadas como essencial para a operação das tropas em áreas remotas do país. A Marinha do Brasil, por exemplo, indicou que a interrupção desses serviços poderia prejudicar gravemente as operações de resgate e salvamento, além de comprometer a segurança da navegação, devido à dependência da tecnologia para informações meteorológicas e logísticas.
Embora o alerta tenha sido emitido antes da decisão judicial, a relevância dessa preocupação aumentou após o bloqueio das contas da Starlink, parte de uma ação contra a rede social X (antigo Twitter), também de Elon Musk. Apesar de a medida ser voltada para outra empresa, o impacto foi sentido diretamente na Starlink, que é essencial para a infraestrutura de defesa do país.
Ao Ministério da Defesa, essa preocupação foi formalmente apresentada pelas Forças Armadas, que posteriormente encaminharam o alerta à Câmara dos Deputados. A ação foi uma resposta a um requerimento de informação do deputado Coronel Meira (PL/PE), que questionou o impacto potencial dessa interrupção sobre a segurança nacional.
Com informações de Hora Brasília.