Até o momento, o Brasil já confirmou pelo menos seis casos de transmissão local. Ou seja: em pessoas que não saíram do país
Na semana passada, o Brasil confirmou os primeiros casos de transmissão local do novo coronavírus. Ou seja, casos confirmados de pessoas que não viajaram e foram infectadas dentro do país. Ambos os pacientes, porém, tiveram contato com casos conhecidos, o que significa que ainda é possível rastrear o “caminho” do vírus.
Essa diferença é o que separa a transmissão local do coronavírus do conceito de “transmissão comunitária”, que ocorre quando o vírus já circula livremente pelo território. Por outro lado, é possível que essa etapa não demore a chegar, uma vez que existe um avanço visível da pandemia no país.
“Quando isso acontece, não faz mais sentido contar ou ficar preocupado com a origem do caso, se viajou ou não viajou, porque o vírus já está disseminado na comunidade”, explicou Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em coletiva de imprensa na última sexta-feira (6).
As medidas adotadas pelo país, porém, não devem mudar e a natureza das transmissões interfere principalmente nas políticas internacionais, inserindo o Brasil em listas de risco para entrada em outros países. Até o momento, apenas 4 países possuem transmissão comunitária : Coreia do Sul, Itália e Irã, além da China.
Atualmente, pelo menos seis casos foram contraídos por transmissão local no Brasil, sendo quatro em São Paulo, um Bahia e um no Rio. Ao todo, cinco pacientes estão hospitalizados , o estado de saúde deles ainda não foi divulgado.
Além dos casos confirmados, cerca de 907 casos suspeitos ainda são monitorados. Apenas três estados brasileiros não contam com nenhum caso confirmado ou suspeito de coronavírus , sendo eles Roraima, Amapá e Tocantins.
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