Timão enfrenta o Sport após dias com ameaças, caso de racismo e cobranças na internet
Não foram dias fáceis para a diretoria do Corinthians. Da manhã de sábado até a noite de quarta-feira, vários episódios polêmicos cercaram o clube e exigiram tomada de decisões dos dirigentes do departamento de futebol. Tudo isso enquanto o time ainda patina no Brasileirão.
Tudo começou com um protesto no Parque São Jorge, que contou até com ameaças de violência feitas pelas organizadas, e seguiu com os polêmicos casos da chuteira usada por Jô no empate sem gols contra o Bahia, no domingo, e ainda com o caso de racismo do zagueiro Danilo Avelar.
Num momento em que os estádios ainda estão vazios por conta da pandemia do novo coronavírus, o clube mostrou que está atento às manifestações de sua torcida, mesmo que só pela internet.
Relembre a semana do Timão
No sábado, cerca de mil torcedores de todas as organizadas do Corinthians foram ao clube protestar contra o atual momento da equipe. Dirigentes e elenco foram alvo dos cânticos, e alguns nomes da política corintiana tiveram seus rostos estampados em caixões.
O protesto também contou com várias unidades de um crucifixo de madeira em preto, distribuídos aos presentes. Entre os cantos, ameaças de “acabar com a vida” dos envolvidos se “o Coringão cair” para a Série B do Brasileirão. Até o momento, só cinco rodadas foram disputadas da competição.
À noite, o presidente Duilio Monteiro Alves, em vídeo divulgado em suas redes sociais, mesmo assim, classificou o ato como “democrático” e prometeu voltar a investir “em breve” no futebol profissional.
No domingo, uma nova polêmica: o centroavante Jô entrou em campo contra o Bahia com chuteiras que, na visão de muitos torcedores, eram verdes. No site da Nike, fornecedora do equipamento, o modelo é descrito como azul, mas, na televisão, o verde era predominante.
A fúria da torcida nas redes sociais foi grande, e o Corinthians, em resposta, multou o jogador. No dia seguinte, a esposa do centroavante publicou um desabafo nas redes sociais e disse que o marido foi injustiçado. As declarações jogaram mais lenha na fogueira.
Ainda na noite de segunda-feira, a cúpula do Corinthians se reuniu pela primeira vez com a nova diretoria dos Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube. O encontro aconteceu no Parque São Jorge e serviu para que o clube tentasse readquirir o apoio popular num ano de Arena vazia.
O pior momento da semana, porém, ainda estava por vir. Na madrugada de terça para quarta, o zagueiro Danilo Avelar cometeu um ato racista. Durante uma partida de Counter-Strike: Global Offensive, ele postou um comentário em que dizia a outro usuário: “Fih (filho) de rapariga preta”.
Após o caso ganhar muita repercussão, Avelar pediu desculpas numa nota oficial. Horas depois, a diretoria concluiu que não havia mais clima para manter o jogador no elenco. Assim, as partes passaram a buscar um acordo de rescisão de contrato.
Nesta quinta, o Timão finalmente volta a jogar futebol. Às 19h (de Brasília), na Neo Química Arena, contra o Sport, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
Por Redação do ge