Além de precisar da vitória para fugir da crise e impedir que os protestos da torcida organizada se tornem rotina, o Corinthians entra em campo neste sábado, às 18h10, no Morumbi, contra o Fortaleza, para evitar um vexame igual ao de 1987. Naquele ano, o Corinthians passou sete jogos sem marcar gols e passou por um dos momentos mais conturbados de sua história.
A equipe, no entanto, mostrou poder de reação naquele Campeonato Paulista: após ser um dos últimos no primeiro turno, venceu o segundo turno, foi até a final, mas acabou sendo derrotado pelo São Paulo. A situação atual é complicada. A equipe alvinegra está na penúltima colocação (nove pontos) e só leva vantagem sobre o lanterna, o Santa Cruz, no número de vitórias.
A má fase parece não ter fim e a maré de azar fez o Corinthians perder o atacante Nilmar com rompimento dos ligamentos do joelho direito. O camisa nove deve ficar pelo menos seis meses parado. Além dele, Rafael Moura e Mascherano estão suspensos. Carlos Alberto sentiu contratura na coxa e também desfalca a equipe. Diante deste panorama, Geninho terá de improvisar: Ramon, de 18 anos, fará dupla com Tevez.
“No momento, não podemos ficar pensando se ainda é possível chegarmos ao título ou à Libertadores do ano que vem. Inicialmente, precisamos é de uma vitória, nada mais do que isso”, disse o técnico Geninho, que está tentando ser o escudo dos jogadores durante a crise.
Outra novidade será na lateral direita. Depois de testar Eduardo Ratinho e improvisar Rosinei nos últimos jogos, Edson foi escolhido para ser o titular da posição. Ele não atuava desde o jogo contra o Internacional, no dia 25 de maio.
“Não acho que eu esteja entrando em uma gelada. Estou superfeliz por mais esta chance. Quem joga no Corinthians sabe que a cobrança é grande”, afirmou Edson, que prevê dificuldades. “O Fortaleza virá querendo enterrar a gente”.
No Fortaleza, o técnico Hélio dos Anjos optou pelo mistério. Ele pretende se aproveitar do nervosismo corintiano para fazer pontos no Morumbi. O treinador tem dúvidas no ataque e não revelou a escalação. Porém, a tendência é que o time jogue com Michel e Finazzi na frente.
O Grêmio estará bastante descaracterizado para enfrentar o Figueirense, às 16h deste sábado, no estádio Orlando Scarpelli, em Santa Catarina. A lista de desfalques é grande. No total, o treinador Mano Menezes não poderá contar com seis de seus titulares. Sandro, Rafinha, Ramon, Maidana e Galatto estão entregues ao departamento médico; Tcheco está suspenso.
E quando parece que os problemas acabaram, aparece mais um. Na fase de “urucubaca” gremista, Rafinha acabou lesionando-se durante o treino da manhã desta sexta e está fora do confronto. Além disso, Ramón, de atuação destacada contra o Fluminense, também apresentou dores musculares, foi poupado do treino de quinta, mas o exame realizado no jogador detectou uma lesão e o departamento médico clube acabou também vetando-o para o jogo de sábado.
O zagueiro Maidana, com dores na virilha, também não joga, dando lugar a Evaldo. O goleiro Galatto, outro titular, não atua, à espera dos resultados de seus exames neurológicos, dando lugar a Marcelo. Desta forma, Mano Menezes – que já não podia contar com Tcheco e Jeovânio, suspensos, e Sandro, lesionado – admite que terá que reestudar que escalação colocará em campo. “Na verdade, a formação que nós encaminhamos durante a semana foi prejudicada e bastante prejudicada. A minha idéia era fazer a formação com Rafinha e Ramón compondo com Hugo. A partir de agora nós temos que repensar tudo isso”, declarou.
Diante de tantos problemas, o comandante gremista deverá confirmar a equipe titular apenas minutos antes do jogo começar. A tendência é que o treinador acabe por utilizar o esquema 4-4-2 com uma das poucas boas novas no Olímpico: Hugo volta à titularidade depois de cumprir suspensão. Já o Figueirense, do técnico Waldemar Lemos, sétimo colocado no Brasileirão, vive uma situação diferente.
O comandante catarinense conta com quase todos seus titulares para o confronto de sábado. Seu único desfalque é o volante Rodrigo Souto, com um estiramento muscular. Entre os titulares do Figueirense estão velhos conhecidos dos torcedores gaúchos. O atacante Diego, revelado pelo Internacional, assim como os ex-gremistas Thiago Prado e o goleiro Andrey estão confirmados para o confronto.
O Fluminense recebe o São Caetano neste sábado, às 18h10 (de Brasília), no Maracanã, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro buscando uma vitória para encostar no líder São Paulo, que soma 26 pontos, três a mais que os cariocas. Já o Azulão tem 15 pontos, em 12º lugar, e sabe que não pode vacilar, sob pena de encostar na zona de rebaixamento. Insatisfeito com o rendimento do Flu no empate por 4 a 4 com o Grêmio, na rodada passada, o técnico Oswaldo de Oliveira vai mexer muito na equipe, a começar pelo esquema tático.
O 3-5-2 sai de cena e reaparece o 4-4-2, com o zagueiro Roger, que retorna após cumprir suspensão, ocupando a vaga de Gabriel Santos, barrado. O volante Marcão, que cumprirá suspensão por causa do terceiro cartão amarelo, dá sua vaga a Romeu. Porém a grande novidade está no ataque, onde Tuta, que vem rendendo muito pouco, foi barrado para a entrada de Evando.
“Na verdade as mudanças não aconteceram porque estou insatisfeito e sim porque esses jogadores que estão entrando mostraram condições para isso. O Evando e o Claudio Pitbull no ataque permitem que os homens de meio-campo tenham mais opções de enfiar a bola, pois os atacantes se movimentam mais. Estou adotando uma medida para fazer o Fluminense render o seu melhor”, disse Oswaldo.
Evando não esconde a sua satisfação por poder atuar entre os titulares e garante que vai fazer deste jogo a sua grande oportunidade de se firmar. “Todo jogador sonha em jogar e acredito que estou tendo uma oportunidade de ouro, pois vamos atuar em casa, com a obrigação de ganhar e com isso terei mais visibilidade, já que tudo indica que o Fluminense vai se manter mais tempo no campo de ataque. Espero poder mostrar meu valor, me firmar e ajudar o time a conquistar os três pontos”, afirmou.
Pelo lado do São Caetano, o time vai reencontrar o Maracanã. O último compromisso do São Caetano no estádio carioca foi justamente no dia 29 de novembro de 2003, contra o mesmo Fluminense. Naquela oportunidade, o Azulão foi derrotado por 2 a 1. Depois disso, por caprichos da tabela, o time nunca mais voltou ao estádio. Único jogador do atual elenco que participou daquele duelo, o zagueiro Gustavo lembra de poucas coisas do jogo, mas garante que o estádio será importante na história do clube.
“Pode trocar todos os jogadores, que sempre alguém aqui vai lembrar que foi com o gol do Adhemar que o São Caetano ganhou destaque, isso não vai ser esquecido nunca. Lembro de pouca coisa daquele jogo. O mais marcante mesmo foi a confusão entre o Serginho e o Romário, que fez com que nosso colega fosse expulso”, relembrou Gustavo.
Para este jogo, o técnico Émerson Leão confirmou que o atacante Marcelinho, que não foi bem na vitória de 2 a 0 sobre o Santos, sairá do time Igor ganha nova oportunidade. “Estou bem feliz com as oportunidades que o Leão está me dando. Espero corresponder com bom futebol neste sábado”, disse Igor.
O atacante Diego Tardelli, liberado nesta sexta-feira pela CBF, está longe da forma física ideal, mas pode virar opção. Leão confirmou ainda que os meias Leandro Lima e Marabá, que retornam de suspensão, ficam entre os reservas.