Está definido o adversário do Corinthians na sua primeira final de Copa Libertadores. Nos dias 27 de junho, em Buenos Aires, e 4 de julho, em São Paulo, o Timão encara o Boca Juniors, hexacampeão continental.
Será a chance de a equipe de Parque São Jorge se vingar pela eliminação nas oitavas de final de 1991. Ali começou o trauma do clube alvinegro em Libertadores.
A primeira participação corintiana na competição continental ocorreu em 1977. Na época, porém, o torneio não era valorizado e o time comandado por Oswaldo Brandão caiu na primeira fase. O foco estava no Campeonato Paulista, e o tabu de 23 anos sem título chegou ao fim, com o histórico gol de Basílio.
Em 1991, o Corinthians era o atual campeão brasileiro. Classificou-se em segundo no grupo, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas (ficou atrás do Flamengo).
No primeiro confronto com o Boca, em La Bombonera, o conjunto brasileiro até que jogou bem, mas perdeu por 3 a 1, com dois gols de Batistuta. Houve um pênalti duvidoso e Guinei falhou em um dos gols. Na volta, diante de quase 66 mil pessoas no Morumbi, Guinei falhou novamente e virou o vilão no empate por 1 a 1. Foi a primeira crise na história do clube por causa da Libertadores.
“Cheguei novo no clube e fiz 128 jogos. Mas a turma só lembra dessa falha. Sempre fui titular e a gente conseguiu o objetivo de ganhar o primeiro Brasileiro. Todo jogador tem fase ruim, eu vivi a minha. Errei, mas não fui único culpado pela eliminação”, declarou o ex-zagueiro, em entrevista ao jornal Lance!.
O Boca disputa a sua décima final de Libertadores. Contra brasileiros, levou a melhor em quatro decisões (diante de Cruzeiro, Palmeiras, Santos e Grêmio). Só perdeu em 1963 para o Santos de Pelé.
O time argentino tem como principal nome o meia Riquelme, que completa 34 anos no domingo. Outra veterano conhecido é o zagueiro Schiavi, de 39 anos, que já passou pelo Grêmio. No ataque, está 'El Tanque' Santiago Silva, uruguaio que passou pelo Parque São Jorge em 2002 e virou motivo de piada.
As partidas devem ser confirmadas para Bombonera e Pacaembu. “A equipe deles joga muito bem fora de casa, e é sempre complicado jogar em La Bombonera. Quando jogam fora, é um time tarimbado, que sabe jogar atrás, na defensiva, e sair rápido para o contra-ataque”, analisou o meia Danilo, autor do gol da classificação contra o Santos.
Carlos Padeiro
Do UOL, em São Paulo