A Coreia do Sul reiniciou ontem segunda-feira manobras militares no Mar Amarelo, perto da fronteira com a Coreia do Norte, mesmo depois de receber o aviso do país vizinho de que os exercícios poderiam ter consequências.
A Coreia do Norte considera os exercícios militares uma “provocação” e advertiu, em comunicado divulgado pela agência oficial KCNA, que “ninguém poderá prever as consequências” das manobras sul-coreanas.
O presidente da China, Hu Jintao, ligou hoje para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e manifestou sua preocupação com a “frágil situação de segurança” na península coreana. O presidente chinês convocou todas as partes envolvidas no conflito na região do Mar Amarelo a atuar com “calma e de maneira racional” para evitar “a deterioração da situação na península coreana”. Segundo Hu Jintao, “sem um manejo adequado, a situação pode derivar para uma maior escalada nas tensões e, inclusive, ficar fora de controle”.
As manobras militares de hoje são distantes da Ilha de Yeonpyeong, que no dia 23 de novembro foi bombardeada pela Coreia do Norte. As manobras sul-coreanas continuarão até a próxima sexta-feira e ocorrerão em 29 lugares da costa, incluindo a Ilha Daecheong, uma das maiores propriedades da Coreia do Sul e próxima da fronteira marítima entre os dois países.