A Coréia do Norte anunciou que se viu obrigada a atrasar a desmontagem de suas usinas nucleares devido a um atraso na ajuda energética internacional que receberia em troca, informou hoje a agência japonesa “Kyodo”.
Segundo o adjunto do diretor do escritório de Assuntos Americanos do Ministério de Relações Exteriores norte-coreano, Hyun Hak-bong, as tarefas para inutilizar os complexos nucleares do país comunista não serão concluídas no fim deste ano, como estava previsto nas negociações de seis lados.
“Há um atraso na implementação das compensações econômicas prometidas pelos outros países envolvidos nas negociações”, disse Hyun ontem à noite, após uma reunião em Pyongyang com o negociador chinês para a desnuclearização da península coreana.
“Não resta outra saída”, acrescentou o diplomata, ressaltando que o reajuste no ritmo da desmontagem das usinas nucleares é a sua única forma de pressionar na negociação.
No entanto, o representante de Pyongyang garantiu que se trata “puramente de uma questão técnica”, e de uma desaceleração. Mas não há intenção de abandonar o processo de desnuclearização.
A agência japonesa “Kyodo” não informou se a Coréia do Norte entregará ainda este ano a lista detalhada de suas instalações nucleares, como havia sido acertado nas negociações.
Até o momento, a entrega do petróleo comprometido vinha acontecendo normalmente. Mas houve atrasos por motivos técnicos na entrega de alguns equipamentos relacionados com a ajuda energética, segundo a “Kyodo”.
Em fevereiro, a Coréia do Norte se comprometeu a fechar as suas centrais e a abandonar seu programa nuclear em troca de um milhão de toneladas de petróleo.
China, Rússia, Coréia do Sul e Estados Unidos começaram a entrega de petróleo. O Japão é o único membro das conversas que ainda não realizou a sua contribuição.
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