O governo da Coreia do Norte alertou neste domingo que qualquer tentativa de derrubar um satélite que o país pretende lançar resultará em guerra.
Tanto os Estados Unidos quanto a Coreia do Sul acreditam que o governo norte-coreano possa estar se preparando para testar um míssil de longo alcance, disfarçado o lançamento como se fosse de um satélite.
O alerta foi feito quando os dois países deram início a um exercício militar anual que deve durar 12 dias.
Em anos recentes, a Coreia do Norte vem descrevendo exercícios do tipo como provocações, mas a relação entre as duas Coreias está especialmente tensa neste momento.
Exercício
Em um comunicado publicado pela agência de notícias estatal norte-coreana, o Exército disse que está pronto para usar força contra a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão.
“Nós retaliaremos qualquer ação para interceptar nosso satélite que tem objetivos pacíficos com ataques imediatos usando os meios militares mais poderosos”, disse o comunicado.
“Ataques contra nosso satélite que tem objetivos pacíficos significará, precisamente, guerra.”
O Exército havia divulgado um comunicado mais cedo dizendo que todos os militares foram orientados a estarem prontos para o combate para defender o país.
O comunicado descreveu o exercício sul-coreano e americano como “sem precedentes no número de forças agressoras envolvidas e em sua duração”.
O exercício para a defesa da península coreana envolve cerca de 50 mil soldados dos dois países.
Espaço aéreo
Na sexta-feira, o governo norte-coreano disse que o risco de um conflito significava que o país não podia mais garantir a segurança de vôos comerciais que passam pelo espaço aéreo que controla na costa leste.
Vários vôos tiveram seus trajetos alterados por precaução.
Segundo analistas na Coreia do Sul, os norte-coreanos podem estar usando o exercício como um pretexto para limpar o espaço aéreo do país para o teste de um míssil.
As tensões na região aumentaram desde que o presidente sul-coreano Lee Myung-bak assumiu o poder, há um ano, e endureceu a relação com o vizinho do norte.
F.Online/BBC