As contratações de crédito rural dos produtores, cooperativas e agroindústrias aumentaram 21% nos quatro primeiros meses do Plano Safra 2020/2021 (julho a outubro), em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme o balanço do desempenho do crédito rural divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor total da contratação em 2020 foi de R$ 92,63 bilhões.
Os médios produtores contrataram R$ 12,78 bilhões por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) e os agricultores familiares, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), pegaram financiamento de R$ R$ 15,32 bilhões.
Os financiamentos de custeio atingiram R$ 52,42 bilhões, aumento de 16%, sendo que as contratações do Pronamp ficaram em R$ 11,56 bilhões (8%) e a do Pronaf alcançaram R$ 8,27 bilhões (17%). As contratações de investimentos totalizaram R$ 26,48 bilhões. Os médios produtores participaram com R$ 1,22 bilhão (15%) e com R$ 6 bilhões (18%) os agricultores familiares.
Em relação às finalidades industrialização e comercialização, as contratações se situaram, respectivamente, em R$ 5,74 bilhões, aumento de 5%, e R$ 7,98 bilhões, redução de 2%.
A principal fonte dos recursos contratados foi a Poupança Rural Controlada, que se situou em R$ 32,36 bilhões e respondeu por 35% do total dos financiamentos feitos, seguida pelos Recursos Obrigatórios, oriundos dos depósitos à vista, que somaram R$ 19,71 bilhões, cuja participação foi de 21%.
Segundo o diretor do Departamento de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, o continuado aumento da demanda de crédito rural, de maneira especial para investimentos, apesar dos efeitos decorrentes da Covid-19, está relacionado ao desempenho da produção de grãos estimada em 268 milhões de toneladas para atual safra.
“O desempenho favorável do crédito rural para financiar a atividade agropecuária, florestal e pesqueira é resultado do empreendedorismo do produtor rural e de seu elevado nível de confiança e de resposta aos estímulos oficiais e de mercado”, salienta o diretor.
Fonte: Governo do Brasil