Enquanto Rogério Ceni luta contra o tempo para se recuperar da lesão que sofreu no ombro direito e disputar a final da Copa do Brasil, em caso de classificação do Tricolor, o seu reserva Denis se prepara para alcançar uma marca importante. No dia 6 de junho, contra o Internacional, no Beira-Rio, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, ele completará 55 jogos pelo Tricolor, tornando-se o reserva que mais atuou na era Ceni, que teve início em 1997.
A marca é muito comemorada por Denis, que trabalha pensando no dia em que o titular e capitão irá se aposentar.
– Falar que não importa é mentira. Para mim está sendo muito bom e gratificante. É o reconhecimento do trabalho deste ano, podendo me tornar o que mais atuou na "era Ceni". Fico muito feliz em ajudar o Rogério e mais feliz por vê-lo treinando de novo – afirmou o jogador, que concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira.
Denis chegou há três anos no clube. O começo foi agitado. Contratado como terceiro goleiro, atrás de Ceni e Bosco, teve de estrear às pressas, com apenas três dias, em partida contra a Portuguesa, no Canindé.
– Quando o Milton (Cruz, auxiliar) me ligou para vir para o São Paulo, a conversa era que seria o terceiro goleiro e que seria uma preparação para jogar no lugar do Rogério quando ele resolvesse parar. Só que ele e o Bosco se machucaram, e três dias depois eu já joguei. Achei que fosse demorar mais tempo para conquistar o meu espaço, mas hoje já tenho o reconhecimento dos companheiros, da comissão técnica e da diretoria – ressaltou.
Nesse período, Denis revelou que teve de trabalhar a cabeça para não perder o foco. Em 2010, por exemplo, Rogério Ceni atuou em todas as partidas, o que deixou Denis fora de rumo.
– Em 2010, fiquei treinando o ano inteiro. Em determinados dias, é claro que o psicológico ficou prejudicado, mas, de alguma maneira, eu mentalizei que aquilo era necessário para colher frutos no futuro. E hoje tenho certeza de que tomei a decisão correta em manter a calma e trabalhar cada vez mais – disse.
