Vinte e oito por cento dos brasileiros já beberam de forma abusiva em um curto espaço de tempo, até ficarem embriagados, criando até situações de alto risco.
É o que aponta o I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, um estudo inédito realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), financiado pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) e divulgado no último dia 22.
A pesquisa, que traça um cenário de como o brasileiro bebe, o que pensa sobre as políticas de bebidas alcoólicas e quais são os problemas associados ao consumo do álcool no Brasil, traz ainda um outro dado considerado alarmante: os jovens entre 18 e 24 anos são os que mais bebem, geralmente em quantidades maiores do que aqueles com 60 anos ou mais.
O estudo também revela que a cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no País e que o consumo de álcool varia de acordo com a classe socioeconômica, apontando que pessoas da classe E bebem mais do que as que pertencem à classe A. O levantamento mostra ainda que homens e mulheres bebem com freqüências marcadamente diferentes, sendo que os homens apresentam índice de abstinência menor do que as mulheres.
A divulgação do estudo, juntamente com a veiculação na televisão, desde o dia 11 de agosto, de uma campanha publicitária do Ministério da Saúde alertando sobre os riscos e danos associados ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, marcou o início das ações da Política Nacional sobre o Álcool, sancionada por decreto presidencial em maio deste ano. A política traz um conjunto de medidas interministeriais para reduzir e prevenir os danos à saúde e à vida, bem como as situações de violência associadas ao uso prejudicial de bebidas alcoólicas.
Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, os resultados do levantamento revelam que o consumo abusivo de álcool e suas conseqüências são um grave problema de saúde pública e, servem para “refinar e direcionar as políticas e as ações do Ministério nessa área”.
FoUn