A velocidade imposta pelo ritmo de vida atual mudou a forma como nos comportamos, comunicamos e consumimos. A conveniência da internet transformou o varejo e as compras on-line em experiência de consumo compartilhadas em tempo real. Mas o que isso quer dizer?
O consumidor digitalizado é informado, conhece tecnologia e acaba por ser menos leal a marcas. E aquele conceito antigo de que basta anunciar para vender nao funciona mais.
Da geração baby boomer (1952 a 1966), passando pelos Millennials (1982-1995), aos da geração Z (1996 -2000) definem alguns dos grupos de consumidores ávidos por descontos, interessados em alugar ao invés de comprar e dispostos a testar e aprender sobre o produto antes de finalizar uma compra.
Sim, estamos ficando mais exigentes consumidores. E a ideia de que a expectativa seja igual a realidade é condição imprescindível para que ele volte a sua loja no virtual ou no real.
Marcas e empresas que nao conseguem envolver seus colaboradores, nao conseguirão envolver seus clientes digitalizados. Explico. Empresa que estimula o uso de uniforme nao incentiva o funcionário para que ele curta as redes sociais da empresa, que recado esta marca esta dando no digital?
Que o profissional nao precisa se importar com a empresa? Que talvez ele nãos se orgulhe de trabalhar naquele ambiente? ou que ele nao tem acesso ao wifi? Veja quantas informações são colocadas em Check apenas pela falta do curtir e compartilhar.
E se a indagação dele for de que nao tem tempo para curtir a empresa que trabalha. Pode dispensa-lo. Isso é ponto negativo para ele, já que algumas marcas preveem isso em contrato no ato da contratação. Lembre-se que gastamos 350 horas por mês em redes sociais, então isso nao é desculpa.
A ideia de bom atendimento nao é mais compartilhada só em ambiente real. Ela acontece no momento em que o consumidor recebe a resposta a pesquisa pelo produto.
Um site complicado, uma rede social desatualizada e pouca informação sobre o produto farão o cliente duvidar da marca. A experiência de consumo hoje é sofistica, personalizada e adequada a cada consumidor.
O uso da tecnologia é tão evoluído para o varejo que existem grupos para encontrar descontos(discouter seekers), os interessados nas recomendações de influenciadores – (Instagram Shoppers), as compras pela economia colaborativa – (Borrowers) e a busca pela qualidade de vida seja ela Henrry ( High eaners not rich yet) e o Silver shoppers da terceira idade. Ou seja, nao é mais o ponto de venda, a agencia de publicidade ou o produto que diz como vai ser sua compra e sim o o cliente.
Ter 50 anos no mercado nao é mais diferencial para empresa, marca o serviço se diferenciar. Segundo Darwin quem evolui é a espécie que sabe adaptar-se. Assim é a ideia de consumo atual.
Se uma marca se adapta melhor ao tempo, ao seu publico e as adversidades com certeza mantem o seu publico engajado.
Comodidade, tecnologia e sustentabilidade também nao são mais diferenciais. Isso deve estar intimamente ligado a ideia de empresa em estar digitalizada para facilitar a jornada de compra do seu cliente.
O cidadão que antes fazia pesquisa de preço, avaliava o produto e efetuava uma compra nao é o mesmo de 10 anos atrás. Hoje além de cidadãos globais o seu cliente esta inserido em contextos virtuais e para tanto, desejam ser tratados com todo o pertencimento e qualidade que a inovação proporciona quando compartilhamos uma compra, fazemos uma viagem ou indicamos uma marca. Pense Nisso!
Por: Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia e Comportamento Digital – Belicosa.com.br.