Partido Popular superou o Partido Socialista Operário Espanhol em número de legisladores e em votos expressos; legenda conservadora manteve o governo de Madri e recuperou os de La Rioja, Cantábria e Baleares
O conservador Partido Popular (PP) conseguiu ganhar terreno sobre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) nas eleições municipais e regionais deste domingo, 28, na Espanha. Com 77% dos votos apurados, o PP está à frente do PSOE tanto em número de legisladores em nível nacional, com 20.691 contra 18.291 dos socialistas, quanto em votos expressos, 30% do total. Além disso, lidera nas prefeituras de grandes cidades, como Madri, onde o atual prefeito, José Luis Martínez-Almeida, alcançou a maioria absoluta, e Sevilha e Valência, embora nesses casos possa precisar do apoio do partido de extrema-direita VOX, que aparece na terceira posição, segundo dados oficiais provisórios. Já em Barcelona, com 86% dos votos apurados, o partido pró-independência Junts conseguiu derrotar a atual prefeita, Ada Colau. O PP também manteve o governo regional de Madri e recuperou os de La Rioja, Cantábria e Baleares, enquanto em um de seus redutos, a região da Extremadura, os socialistas podem perder a maioria absoluta.
Estas eleições atestaram o desaparecimento do cenário político espanhol dos liberais do Ciudadanos e a ascensão dos independentistas do EH-Bildu nas eleições municipais do País Basco, onde conquistaram a prefeitura de Vitória, desbancando o Partido Nacionalista Basco (PNV). Apesar de ainda não haver resultados definitivos, a euforia era evidente entre os dirigentes do PP, que acreditam que se trata de uma antecipação da mudança do ciclo político na Espanha, antes das eleições gerais marcadas para o final do ano. Segundo esses dados, o Partido Popular teria multiplicado as cidades em que governa e aumentaria significativamente seu poder regional, algo que não acontecia desde 2011, quando os pleitos municipais e regionais foram o prelúdio da maioria absoluta conquistada pelo ex-presidente do governo espanhol Mariano Rajoy.
*Com informações da agência EFE-JovemPan