quinta-feira, 07/11/2024
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Conselho da Revolução do Irã aprova apenas 8 de 686 candidatos presidenciais

O Conselho de Guardiães da Revolução, que supervisiona a vida política do Irã, admitiu apenas oito candidatos para as eleições presidenciais do próximo dia 14 de junho, informou nesta terça-feira a agência oficial iraniana "Irna".



O secretário do Escritório Eleitoral do Ministério do Interior, Seyed Solai Mortazavi, disse oficialmente à agência que só oito dos 686 aspirantes inscritos foram aprovados pelo Conselho, entre eles cinco conservadores, próximos ao líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, e três que se apresentam como independentes.



Os dois principais opositores à linha que segue o líder supremo, o ex-presidente reformista moderado Akbar Hashemi Rafsanjani e o nacionalista conservador e liberal em questões sociais, Esfandiar Rahim Mashaei, foram desqualificados.



Entre os conservadores principalistas admitidos destaca-se Saeed Jalili, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional e principal negociador internacional do país em matéria nuclear, que poderia ser o próximo presidente do Irã.



Também estão os conservadores Mohamad Bagher Qalibaf, prefeito de Teerã; Gholam Ali Haddad Adel, parlamentar e ex-presidente do Parlamento; Ali Akbar Velayati, assessor do líder supremo e ex-ministro das Relações Exteriores; e Mohsen Rezaei, ex-comandante do Corpo de Guardiães da Revolução e atual secretário do Conselho do Discernimento.



Os outros três candidatos admitidos se apresentam como independentes, embora Hassan Rohani e Mohamad Reza Aref sejam considerados reformistas moderados e Mohamad Qarazi, que desempenhou cargos públicos com distintas administrações, não tenha nenhuma adscrição.



A desqualificação de Rafsanjani e Mashaei representa mais um passo no caminho dos conservadores rumo à redução da base do regime e também aumenta o risco de fortes protestos dos setores excluídos.



Com estas oito candidaturas, as eleições presidenciais de junho serão as mais restritas da história da República Islâmica do Irã desde sua implantação em 1979, com apenas um setor do regime com força para ganhar o pleito e todo os demais relegados ou proscritos.



Hoje mesmo, antes de saber da decisão do Conselho de Guardiães, o escritório de Rafsanjani e o próprio Mashaei defenderam sua qualificação para ser presidente do Irã e responderam aos setores conservadores islâmicos que tinham pedido que fossem excluídos como candidatos. 

 
 
 
 
 
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Parmenas Alt
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