O aumento de tropas americanas no Iraque anunciado pelo presidente dos EUA, George W. Bush, será recebido com resistência pelo Congresso. Democratas, alguns republicanos e um crescente movimento popular organizado, que já haviam declarado sua insatisfação, estão prontos para atacar o novo plano.
Nesta quinta-feira, integrantes do Congresso devem ouvir os pronunciamentos de importantes membros da administração Bush como a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Robert Gates. Além disso, alguns líderes democratas buscam uma resolução não forçada para fazer oposição ao aumento das tropas, a partir da próxima semana.
Também nesta quinta-feira, um grupo de trabalho do Congresso, movimentos contrários à guerra e organizações liberais planejam anunciar uma campanha milionária e um movimento popular contra o aumento das tropas no Iraque.
Enquanto o Congresso critica seu novo plano, Bush visita nesta quinta-feira Fort Benning, na Georgia. A viagem faz parte de sua estratégia para enfrentar a oposição popular. Um levantamento da AP-Ipsos, realizado em dezembro do ano passado, apontou que apenas 27% dos americanos aprovam a política de Bush para o Iraque.
Nesta quarta-feira, em um esperado discurso, o presidente norte-americano anunciou a nova estratégia militar dos EUA para o Iraque. Entre os pontos do plano, está o envio de mais de 20 mil soldados ao país. Na ocasião, Bush também admitiu pela primeira vez que sua administração errou ao não garantir um número suficiente de tropas para manter a segurança nas regiões mais turbulentas de Bagdá.