O Congresso americano autorizou nesta quarta-feira a intimação do casal Tareq e Michaele Salahi para depor sobre como eles conseguiram entrar em um jantar de gala na Casa Branca sem convite, em um caso que levantou dúvidas sobre a segurança do presidente Barack Obama.
Deputados do Comitê de Segurança Doméstica votaram para obrigar o casal a comparecer a uma audiência para responder a perguntas sobre o incidente de 24 de novembro, durante um jantar em homenagem ao primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.
Os dois já tinham sido convidados a testemunhar, mas se recusaram a comparecer à comissão. Não houve comentários imediatos do advogado do casal, Melhor Steve. Mas assessores do Congresso disseram, com base em uma correspondência anterior, que eles devem invocar o direito constitucional de se recusar a responder a perguntas que possam incriminá-los.
O diretor do Serviço Secreto, Mark Sullivan, disse que os protocolos normais de segurança não foram seguidos e que três oficiais uniformizados foram colocados em licença administrativa.
Embora os deputados tenham autorizado intimações para os Salahis, não aceitaram a proposta do mais alto representante republicano na comissão, Peter King, que pediu a intimação da secretária social da Casa Branca, Desiree Rogers.
“Eu acredito que se nós estamos querendo uma visão completa do que aconteceu naquela noite, nós temos que trazer Desiree Rogers”, disse King. Ele disse que está disposto a trabalhar com a Casa Branca para chegar a uma forma de ouvir Rogers sobre o incidente.
Governos dos dois partidos resistem tradicionalmente a pedidos do Congresso para que assessores da Casa Branca deponham, invocando o privilégio executivo.
O casal afirmou em uma entrevista na TV que havia sido convidado, o que a Casa Branca desmentiu.
A iniciativa do casal de entrar na festa foi um aparente golpe publicitário, que teve repercussão internacional. Eles cumprimentaram várias autoridades, incluindo Singh e Obama –ao lado de quem posaram para uma foto.
Com Reuters e Associated Press