O Congresso Nacional aprovou em caráter definitivo, a revisão do superavit primário (economia que o governo faz para pagar os juros da dívida) de 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2,5% neste ano. O texto aprovado faz modificações à Lei de Diretrizes Orçamentárias, excluindo do cômputo geral os investimentos da Petrobras.
Também foi aprovada uma emenda, proposta pelo DEM, que limita os chamados “restos a pagar” em R$ 15,5 bilhões neste ano. Trata-se de recursos já previstos nos anos anteriores mas que o governo não conseguiu executar.
O governo havia reduzido a meta já considerando uma redução no total arrecadado da ordem de R$ 50 bilhões em relação à proposta original para o Orçamento deste ano.
Hoje, o Banco Central revelou que o superavit primário realizado pelo governo nos oito meses deste ano foi o pior para o período desde 2002. Entre janeiro e agosto, a economia foi de R$ 43,477 bilhões, o que corresponde a 2,21% do PIB (Produto Interno Bruto).
Em 2002, havia sido de R$ 36,915 bilhões. O resultado deste ano é 57,7% menor do que o do mesmo período do ano passado.
12 meses
Em um período de 12 meses, a economia foi de R$ 47,044 bilhões, também o menor desde 2002. O número corresponde a 1,59% do PIB (Produto Interno Bruto), o pior resultado da série histórica, iniciada em 2001.
Apesar dos resultados ruins, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes ressaltou que o governo vem trabalhando para cumprir a meta estabelecida para o superavit primário neste ano –que é de 2,5% do PIB, mas pode cair para 1,56% com abatimento de investimentos.
“Você tem uma meta de 2,5% estabelecida pelo governo e que tem como flexibilidade uma parcela de investimentos que pode ser abatida. O governo evidentemente vem trabalhando para o cumprimento dessa meta”, afirmou.
F.Online/Agência Câmara