A produção de cana-de-açúcar na safra 2006/07 será de 471,2 milhões de toneladas, a maior produção do País em todos os tempos. Em relação à safra 2005/06, quando a produção atingiu 431,4 milhões de toneladas, o crescimento é de 9,2%. Na comparação à estimativa anterior para a safra 2006/07, houve aumento de 0,3% ou 1,3 milhão de toneladas. Os números fazem parte da segunda estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2006/07 de cana-de-açúcar.
O presidente da Conab, Jacinto Ferreira, avaliou hoje que o aumento na produção é resultado das boas condições climáticas no nordeste do País. O clima favorável compensou a queda na produção no centro-sul, onde as lavouras foram prejudicadas pela estiagem.
De acordo com a entidade, os Estados do centro-sul continuam sendo os maiores produtores de cana do País. Eles são responsáveis por 86,3% da safra de 471,2 milhões de toneladas previstas para este ano. São Paulo é o principal produtor com 282,1 milhões de toneladas, ou 59,9% em uma área de 3,3 milhões de hectares. As regiões norte/nordeste contribuem com 13,7% da produção prevista para o ano-safra.
Do total previsto, 238,4 milhões de toneladas irão para a produção açúcar, o que resultará em 595,3 milhões de sacas de 50 quilos do produto. A industrialização total de álcool (hidratado, anidro e neutro) vai demandar 185 milhões de toneladas, proporcionando 17,8 bilhões de litros. O restante da produção (47,8 milhões de toneladas) será destinado a outros fins, como produção de cachaça, rapadura, ração animal e sementes (mudas).
O levantamento da Conab indicou um aumento de 5,5% na área plantada, de 5,8 milhões em 2005/06 para 6,2 milhões de hectares na safra atual. “O crescimento é resultado da ocupação de áreas antes usadas para pecuária e plantio de grãos”, afirmou Ferreira, comprovando que a cana-de-açúcar é a nova coqueluche da agricultura brasileira.