O Fórum Popular de Luta por Saneamento e Vida, realiza neste sábado (22.07) reunião com a Companhia de Saneamento da Capital, Sanecap para cobrar explicações sobre os encaminhamentos do projeto de revitalização das Lagoas de Tratamento de Efluentes Líquidos da Morada da Serra. O esboço do projeto foi definido em março do ano passado a partir de forte mobilização da comunidade contra o odor pútrido, lixo e matagal ocasionado pela falta de manutenção nas Lagoas, localizadas no bairro CPA III.
“As obras eram para começarem em junho, o que não aconteceu. Agora queremos saber quando vai iniciar de fato e qual a previsão para a sua conclusão”, afirma José Carlos Sampaio, coordenador do Fórum.
O governo federal já destinou cerca de R$ 2 milhões por meio do Ministério do Turismo para transformar a área de 34 hectares em espaço cultural, de estudo ambiental e visitação turística.
Cerca de 4 mil pessoas habitam em torno da lagoa e sofrem diariamente com o odor exalado pela estação de tratamento. Situação agravada com os esgotos que caem in natura no córrego do Caju que corre paralelamente a lagoa.
“A situação ficou insuportável. E no ano passado a comunidade resolveu se mobilizar e criou o Fórum. Desde então trouxemos a Sanecap e outras instituições para discutir e propor solução para o problema e reivindicar esse projeto,” afirma Sampaio.
A revitalização inclui medidas que visam dar potencial turístico ao espaço, sem que ela deixe de ser uma estação de tratamento. O projeto prevê a criação de um centro de educação ambiental e de sensibilização turística, viveiro -escola, pistas de caminhada, além de implantação de alguns monumentos e maquetes da rede hidrográfica da cidade. Para reduzir os odores dos esgotos um reator deve ser implantado e outras reformas precisam ser executadas.