domingo, 22/12/2024
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Comando Vermelho: Justiça emite 43 mandados de prisão

A Polícia Civil tenta fechar o cerco contra a organização criminosa Comando Vermelho Mato Grosso, que seria chefiada pelo assaltante Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, preso na Penitenciária Central do Estado. 



A Justiça emitiu 43 mandados de prisão, mas 31 integrantes do CVMT já estão atrás das grades. Policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) saíram às ruas nesta quarta-feira para prender 12 integrantes do bando, os chamados “soldados”, que ainda estão do lado de fora. As prisões fazem parte da Operação Grená, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira de manhã. 



Segundo o delegado Flávio Stringueta, titular do GCCO, a facção criminosa controla presídios em Mato Grosso. “Os criminosos são investigados em diversos crimes como o tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídios, latrocínio e formação de quadrilha, cometidos de dentro do presídio com apoio de membros do lado de fora”, destacou. 



Ele acrescentou que a operação tenta cumprir, ao todo, 55 ordens judiciais. Na operação, oito presos da Penitenciária Central do Estado – sendo sete ligados ao alto escalão da facção e o líder de outra facção – foram transferidos para um presídio federal no Estado do Rio Grande do Norte. 



Equipes policiais cumpriram na manhã de ontem as ordens judiciais dentro das seguintes unidades prisionais: Penitenciária Central do Estado (18 membros), Centro de Ressocialização de Cuiabá (oito membros), Ana Maria do Couto May (dois membros), Cadeia Pública do Capão Grande (dois), em Várzea Grande, Major Eldo Sá Correa (Mata Grande) e um em Rondonópolis. 



Conforme o GCCO, o CVMT foi idealizado por Sandro Loucro, juntamente com Renato Sigarini, conhecido por “Vermelhão”, Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, o “Miro”, e Renildo Silva Rios, conhecido por “Liberdade”. 



Stringreta destacou que os quatro pertencem ao alto escalão da facção, com “altíssima liderança”, dentro da unidade prisional e exigem o cumprimento rigoroso do estatuto que rege os princípios da organização, principalmente no que tange o respeito entre os “irmãos”. Os suspeitos possuem extensa ficha criminal e condenações que somadas ultrapassam 365 anos. Dentre os crimes cometidos estão furtos, roubos, extorsão mediante sequestro, tráfico de entorpecentes, associação criminosa, tentativas de homicídios e homicídios. 



O nome da operação “Grená” é alusivo à cor utilizada no próprio nome da facção criminosa investigada, denominada “Comando Vermelho”, ou como popularmente é conhecida “CVMT”. 



As investigações apontam que o CVMT é uma filial independente da facção Comando Vermelho do Rio de Janeiro, que na década de 90 foi uma das organizações mais poderosas do Rio e que mesmo seus líderes estando presos ou mortos ainda domina pontos de drogas em favelas e morros, onde muitos muros das ruas são pinchados com as iniciais “CV”. O delegado lembrou que o CVMT surgiu no início de 2013 e foi fortalecido a partir de 1º de julho do mesmo ano. 



“Com a explosão do muro da penitenciária Central do Estado, em 20 de agosto de 2012, a Gerência de Combate ao Crime Organizado passou a investigar, com o auxílio da Diretoria de Inteligência, as ações de dentro de presídio”, frisou o delegado. 



Após esse monitoramento, a Polícia Civil conseguiu constatar pela primeira vez a existência do Comando Vermelho em Mato Grosso e decifrou toda a estrutura organizacional da quadrilha, identificando os principais líderes e membros que vêm financiando diversos crimes e mantendo controle sobre o tráfico de drogas no Estado de Mato Grosso, sobretudo, o tráfico doméstico na região metropolitana. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DiariodeCuiabá

 
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Parmenas Alt
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