s bancadas do DEM e do MDB resolveram deixar o bloco de partidos que integra o chamado Centrão. Comandado pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL), o bloco aglutinava PL, PP, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, Pros e Avante. Com o movimento, o bloco perde 28 deputados do partido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e 35 emedebistas. Encolhe de 221 deputados para 158.
Perguntado se a saída demonstra insatisfação com o governo, o líder do DEM, deputado federal Efraim Filho (PB), disse que é uma busca por autonomia quanto às posições do blocão. O descolamento vai permitir posicionamento mais independente dos dois partidos.“Foi questão regimental mesmo, posicionamento de bancada quanto a requerimentos, urgências, destaques, reposicionar a autonomia da bancada”, disse ele. A informação é do Congresso em Foco.
No MDB, com uma bancada de 35 deputados, o discurso é de que o partido já atuava de forma independente e que a configuração só funcionava para a Comissão Mista de Orçamento (CMO). A união permitia aos integrantes do bloco ter mais assentos no colegiado que define o orçamento federal e a destinação de emendas parlamentares.
A atual configuração do Centrão foi formada no início da atual legislatura, em 2019, e contava com outros partidos, como o PSL e Republicanos (antigo PRB), que deixaram o bloco em momentos anteriores também em busca por independência. A composição em bloco auxilia na divisão de cargos na mesa da Câmara e na presidência de comissões. O bloco tem dado sustentação para o governo Bolsonaro e orientado a favor de matérias do governo.
Há alguns anos, bloco tem sido o responsável pela definição dos presidentes da Câmara. Os principais cotados para substituir Rodrigo Maia são integrantes do Centrão, entre eles o líder Arthur Lira (PP-AL) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). O Palácio do Planalto já se movimenta para emplacar um nome mais alinhado, visto que o atual presidente adota postura independente em relação ao governo.