Presidente eleito pediu que Haddad solicitasse ao atual governo que não mantivesse desoneração de impostos sobre os combustíveis
Com o pedido do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, não prorrogue a desoneração de impostos federais sobre os combustíveis, os preços da gasolina e do etanol podem subir quase R$ 1 já no primeiro dia de 2023. A informação foi publicada pelo portal UOL nesta terça-feira (27).
A estimativa é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, que acredita que não renovar a desoneração promoverá um aumento da gasolina na bomba em até R$ 0,90 e do etanol em até R$ 0,70.
Atualmente, uma portaria baixada pelo governo Bolsonaro zera impostos federais sobre combustíveis como PIS/Pasep e Cofins. No caso da gasolina, também foi zerada a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Sem a renovação da medida, os impostos voltam a ser cobrados no dia 1° de janeiro, o que fará com que o preço dos combustíveis suba na bomba.
– [Se não subir os preços], eu vendo combustível no dia 1° e não consigo mais comprar depois – destacou Gouveia.
Inicialmente, Guedes teria acenado com a possibilidade de editar uma medida provisória prorrogando por 90 dias a desoneração. No entanto, Haddad teria achado o prazo extenso e sinalizou com uma prorrogação de apenas 30 dias. Ao final, porém, após levar o tema a Lula, o presidente eleito pediu que seu futuro ministro solicitasse ao atual governo que a medida não fosse prorrogada.