Após a conquista do recorde mundial nos 150m medley, prova em que também conquistou a medalha de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, o nadador Clodoaldo Silva passou por uma reclassificação funcional, ou seja, mudou de classe de competidores, o que revoltou o nadador.
Silva foi reposicionado da classe S4 para a classe S5. Na natação paraolímpica, quanto maior o número da classe, menor é a deficiência do atleta. Isso quer dizer que competidores da classe S1 têm maior grau de deficiência.
“Enquanto cidadão e atleta me senti lesado e confesso que ainda estou atordoado e não entendi os critérios que foram utilizados para que eu passasse da classe S4 para S5”, disse Clodoaldo Silva em comunicado oficial à imprensa.
No comunicado, atleta afirma que durante os sete anos que competiu internacionalmente passou por três avaliações internacionais e sempre foi classificado como S4. “A mesma pessoa que participou dessas classificações, a Anne Green, uma das coordenadoras da classificação da natação paraolímpica, participou ontem da minha reclassificação e da decisão de subir minha categoria. Tenho títulos mundiais importantes, conquistas inéditas, recordes mundiais, paraolímpicos e internacionais, todos eles conseguidos na Classe S4, da qual o IPC me qualificou durante todo o tempo de carreira internacional”.
O nadador afirma que entre 2004 e 2005, pelo menos duas vezes, quando integrantes do próprio movimento paraolímpico brasileiro contestaram a classe dele, a mesma Anne Green respondeu oficialmente que a minha classificação estava certa e era permanente.