sexta-feira, 28/03/2025
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Cipem e Governo buscam alinhamento para correta identificação de madeira produzida em MT

Importante que o setor privado e os órgãos estaduais trabalhem em sincronia para melhorar essa cadeia produtiva que gera tantos empregos fortalece a economia mato-grossense

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Com vistas a aperfeiçoar a atividade extrativista e garantir mais segura à comercialização de madeira produzida em Mato Grosso, o setor de base florestal, representado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do estado (Cipem), se reuniu com Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), órgão oficial do Governo do Estado para alinhar conhecimento técnico na identificação de espécies botânicas nativas, e com isso, evitar divergências na identificação de árvores da região.

O presidente do Cipem, Ednei Blasius, defendeu o estreitamento do diálogo com o Indea e ressaltou a importância do setor madeireiro para o desenvolvimento econômico sustentável mato-grossense, por isso, a necessidade de ajustar o setor produtivo com órgãos de fiscalização. De acordo com ele, o objetivo é aperfeiçoar o conhecimento para, senão acabar, pelo menos reduzir erros de ambas as partes, que geralmente culmina com a apreensão de cargas de madeira e gera grandes prejuízos, principalmente ao produtor.

“Trabalhamos para construir alguns procedimentos, evoluir e melhorar a identificação botânica, buscando sempre minimizar erros que possam resultar em apreensões de produtos florestais, muitas são as lacunas entre o licenciamento até o transporte desses produtos, há também implicações pelas metodologias utilizadas na coleta a campo e a de fiscalização. Iremos debater esse assunto também com a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) e Ministério Público Estadual (MPE), destacando a necessidade de realizar um projeto de capacitação de parataxonomistas, a fim de garantir o registro adequado das espécies já coletadas em campo atualizando os herbários. É importante que o setor privado e os órgãos estaduais trabalhem em sincronia para melhorar essa cadeia produtiva que gera tantos empregos”, argumentou o presidente do Cipem.

Na pauta, ficou alinhado que o interessado, deverá enviar amostra ao Indea contendo detalhes como: casca, flores, frutos e outras características observadas no local da coleta da árvore de origem. Além disso, com a localização registrada, será possível avaliar a ocorrência da espécie para a montagem do processo no Sistema Estadual de Produção e Gestão de Documentos Digitais (Sigadoc).

No futuro, quando houver a identificação botânica em um herbário, será possível comprovar a espécie com precisão, permitindo, quem sabe, incluí-la formalmente no processo. Dessa forma, o empresário florestal poderá despachar suas cargas de madeira com mais segurança para os mercados consumidores, reduzindo o risco de interrupções nos postos de fiscalização do Indea. “O objetivo da reunião foi alinhar tecnicamente isso e abrir o diálogo naqueles pontos que a gente ainda tem alguma dificuldade de avançar.”, explica Tomazele.

Conforme explicou o engenheiro florestal e coordenador de Defesa de Tecnologia Florestal do Indea, Marcos Antônio Couto Campos, o órgão atua na certificação da madeira e identificação botânica através da macroscopia. “Em muitas espécies, identificamos o gênero. Para aquelas espécies que já estão regulamentadas com decretos e portarias, a gente identifica a espécie botânica. Muitas vezes, trabalhamos com a identificação do objeto. Então, alertamos aos engenheiros florestais e ao pessoal de levantamento de campo que realizem esse estudo botânico. Então, nosso trabalho na fiscalização acaba sendo desdobramento da qualidade do serviço no setor de base. Lógico, há necessidade de ajustes e melhorias do banco de dados de informações do Indea, que tentamos fazer através de nossos boletins técnicos, estudos comparando herbários e xilotecas existentes no país, com outros bancos de dados, revisão do Decreto no 571/2011, para ampliar a identificação em nível de espécie, como também a capacitação do setor privado”, detalha.

Por Jota Passarinho com informações do Cipem / Gabriela Carvalho

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