Identificada uma forma de usar luz para detectar rapidamente a presença de bactérias. De acordo com cientistas britânicos, essa tecnologia poderia ter aplicações variadas, desde o tratamento de feridas até atividades antiterrorismo. A equipe da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, está desenvolvendo um kit portátil em que moléculas especialmente produzidas emitem um sinal de luz ao entrarem em contato com bactérias.
A esperança dos cientistas é desenvolver este kit nos próximos três anos – o que poderia detectar microorganismos em diversos lugares, inclusive em casos de ataques com armas biológicas. A equipe inglesa passou cinco anos produzindo estas moléculas grandes, ou polímeros, que se ligam às células. A luz emitida por elas pode ser colorida ou imperceptível a olho nu, mas que pode ser identificada com uma lâmpada fluorescente.
Segundo uma das líderes da equipe de cientistas, a professora Sheila MacNeil, a tecnologia atual de detecção de bactérias em laboratórios pode levar horas ou até mesmo dias. A detecção com luz poderia ser feita em menos de um minuto.
– Eventualmente vamos dizer se alguma espécie de ferida está infectada. E teríamos condições de informar que tipo de bactéria é – afirma.
A infecção de feridas há tempos foi reconhecida como um fator determinante do adiamento do processo de cura e causador de desconforto e dor. As feridas infectadas representam um grande custo financeiro devido ao prolongamento da estadia hospitalar, gasto adicional com terapêutica antimicrobiana e riscos de complicações relacionadas com feridas infectadas.
FU