A “kriptonita” deixou de ser apenas o mineral radioativo fictício que deixa o Super-Homem sem seus poderes, depois de uma equipe de cientistas britânicos descobrir, numa mina da Sérvia, um material com sua mesma composição química, revelou hoje o Museu de História Natural de Londres.
A “kriptonita” das histórias em quadrinhos do super-herói nascido no distante planeta Kripton é uma substância verde e brilhante. Já o mineral achado na Sérvia é esbranquiçado, terroso, não emite radiação e não vem do planeta de rocha e gelo do Super-Homem.
Dirigida pelo mineralogista britânico Chris Stanley, uma equipe de cientistas analisou um desconhecido mineral achado em minas da Sérvia por geólogos do grupo minerador Rio Tinto. E descobriu que sua composição química coincidia com a descrição da “kriptonita” apresentada no filme “Superman – O retorno”.
Na superprodução de 2006, o arqui-inimigo do herói rouba um fragmento do mineral radioativo do museu Metrópolis. O rótulo diz: “hidróxido de silicato de sódio lítio boro com flúor”.
Stanley, do Museu de História Natural de Londres, explicou que a identificação da estrutura do mineral revelou uma fórmula quase idêntica à do filme, mas sem o flúor.
“Deveremos ter cuidado com o mineral. Não queremos deixar a Terra sem o seu mais famoso super-herói”, brincou Stanley.
O mineral descoberto, consideravelmente duro mas muito granulado, não poderá se chamar “kriptonita” porque não tem nada a ver com o criptônio, gás nobre incolor que consta da tábua periódica. O seu nome será jadarita, porque foi descoberto numa mina da região de Jadar, no oeste da Sérvia.
O mineral será exposto ao público amanhã. EFE lj mf
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