Foi lançado o Projeto do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). A iniciativa ocorreu em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, participou do evento e sustentou: “O conhecimento seguro sobre a nossa biodiversidade é fundamental para a estruturação de uma economia verde. Não se pode explorar aquilo que não se conhece”.
Brasil é o País com a maior diversidade de aves, primatas e anfíbios da América do Sul.
A iniciativa objetiva garantir o uso de dados sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros na elaboração e na implementação de políticas, facilitando e integrando a informação sobre o tema na tomada de decisão e nos processos de desenvolvimento de políticas públicas. Conta com US$ 28 milhões (US$ 20 milhões do MCTI e US$ 8 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente).
A ideia é consolidar a infraestrutura, os instrumentos, as ferramentas e a tecnologia necessários para qualificar, reunir e disponibilizar online e gratuitamente a informação de biodiversidade contida em coleções de recursos biológicos do País, além de fortalecer as capacidades institucionais para garantir a atualização dos dados e o desenvolvimento de produtos e serviços.
Em sua explanação, o ministro lembrou que o Brasil é o País com a maior diversidade biológica do planeta, abrigando cerca de 13% de toda biodiversidade conhecida. “O nosso objetivo é consolidar toda essa biblioteca da vida", disse Raupp. "O SiBBr permitirá identificar as melhores opções para a conservação e uso sustentável da biodiversidade brasileira, com impactos positivos para o meio ambiente global", acrescentou. O projeto é coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com recursos do Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), do Banco Mundial.
Raupp ressaltou ainda que a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) para o período 2012-2015 projeta quatro grandes linhas norteadoras e ações transversais em biodiversidade, voltadas a fomento, conhecimento, monitoramento, manejo, valoração de bens e serviços, mitigação e adaptação a impactos ambientais.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, destacou a importância do sistema, que vai integrar os bancos de dados dispersos pelo País. “Esse projeto é de enorme importância para as ações estratégicas do ministério. Vai prestar serviço muito relevante como um grande catalisador, para tornar essa informação transparente e somar valor aos esforços existentes”, afirmou.
Segundo a diretora do SiBBr, Mercedes Bustamante, o projeto começou a ser desenvolvido em meados de 2011, quando foi criado um comitê técnico consultivo com a participação de órgãos como Ministério do Meio Ambiente, Embrapa, IBGE, dentre outros.
“A ideia é ter, nos próximos dois anos, uma participação efetiva da comunidade científica e de instituições que lideram iniciativas semelhantes para a estruturação do projeto. Esperamos que, no início de 2013, possamos estar com alguns produtos do sistema disponíveis para o grande público”, disse Mercedes, que é também diretora da secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento.
Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação