Moradores de Fujikawaguchiko reclamam de estrangeiros que desrespeitam leis de trânsito e jogam lixo nas ruas
Reservas online
Um número recorde de turistas estrangeiros está vindo ao Japão, onde o número mensal de visitantes ultrapassou três milhões pela primeira vez em março e novamente em abril. Mas, como em outros pontos turísticos, como Veneza — que recentemente introduziu tarifas de entrada para visitantes de um dia —, o influxo não foi universalmente bem recebido. Na antiga capital japonesa, Quioto, os moradores reclamam que os turistas assediam as famosas gueixas da cidade. E os aventureiros que usam a rota mais popular para subir o Monte Fuji neste verão terão que pagar 2.000 ienes (R$ 65) cada, com entradas limitadas a 4 mil pessoas para aliviar o congestionamento de gente. Um novo sistema de reservas online para a trilha Yoshida da montanha foi aberto nesta segunda-feira (20) para garantir a entrada dos visitantes por meio de um novo portão, embora mil vagas por dia sejam reservadas para entradas compradas no dia.
O Monte Fuji é coberto de neve na maior parte do ano, mas durante a temporada de escalada de julho a setembro, mais de 220 mil visitantes sobem suas encostas íngremes e rochosas. Muitos sobem durante a noite para ver o nascer do sol, e alguns tentam alcançar o cume de 3.776 metros sem pausas e acabam passando mal ou se machucando. Autoridades regionais levantaram preocupações de segurança e ambientais ligadas à superlotação no vulcão ativo, um símbolo do Japão, e outrora um local de peregrinação pacífico. Moradores próximos a outros pontos populares para fotos na região, incluindo a chamada Ponte do Sonho de Fuji, também relataram queixas sobre o turismo excessivo nas últimas semanas. Uma agência de turismo que oferece excursões de um dia de Tóquio para a área do Monte Fuji disse à AFP que está levando os visitantes para outra loja de conveniência nas proximidades, onde uma vista semelhante pode ser observada, mas há menos moradores por perto.
*Com informações da AFP