Fenômeno é o primeiro furacão da temporada no Atlântico, que vai de junho a novembro, e impressionou os especialistas pela intensidade que alcançou
Voltando à normalidade
No centro de Tulum, muito perto da zona de impacto, o Exército mexicano instalou uma cozinha comunitária para as pessoas que não podiam retornar às suas casas devido a inundações e bloqueios de vias. Álvaro Rueda, um trabalhador da construção de 51 anos, comentou que, apesar da força do vento, sua casa, feita de materiais precários, não sofreu danos e que a atividade em seu bairro começava a normalizar. “A maioria das lojas já está aberta”, acrescentou. Bombeiros e funcionários da Defesa Civil trabalhavam na desobstrução de ruas e avenidas que foram bloqueadas por árvores caídas ou cortando aquelas com risco de queda. Cerca de 2.200 pessoas se instalaram em 58 abrigos temporários preparados para a chegada do Beryl, detalhou Velázquez.Mais de 25.600 agentes de segurança e funcionários da empresa elétrica estatal CFE atuavam na região do desastre para ajudar a população e realizar reparos, acrescentou a funcionária.
Rumo aos Estados Unidos
O ciclone não deve atingir novamente o território mexicano, pois sua trajetória se desviou para nordeste. O prognóstico indica que ele deve tocar o solo novamente como furacão no litoral de Texas, nos Estados Unidos. Beryl é o primeiro furacão da temporada no Atlântico, que vai de junho a novembro, e impressionou os especialistas pela intensidade que alcançou. Em sua passagem pelo Caribe, deixou pelo menos sete mortos: três em Granada, onde o fenômeno tocou terra na segunda-feira; um em São Vicente e Granadinas e três na Venezuela, segundo autoridades locais.
Os serviços meteorológicos dos Estados Unidos o classificaram como furacão de categoria 5 em parte de sua trajetória, o que o torna o mais precoce com essa potência nos registros. Os cientistas acreditam que a mudança climática, que aumenta a temperatura da água, favorece essas tempestades e aumenta as chances de uma rápida intensificação.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) alertou em maio que a temporada de furacões se desenha como extraordinária, com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou mais.
*Com informações da AFP-JovemPan