segunda-feira, 23/12/2024
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China cresce 10,7% em 2006, maior taxa em 11 anos

A economia chinesa cresceu 10,7 por cento em 2006, maior taxa registrada em 11 anos, graças à ampliação de investimentos e exportações, apesar das medidas do governo para controlar o ritmo da expansão.

Quarta maior economia mundial, a China registra há quatro anos consecutivos um crescimento na casa dos dois dígitos.

Nesse ritmo, o país vai ultrapassar a Alemanha como terceira maior economia já em 2008, ano dos Jogos Olímpicos de Pequim. A economia chinesa já havia superado a britânica em 2005.

“A mensagem é que a economia está explodindo, e prevejo que vá crescer 10,7 por cento novamente em 2007”, disse Tim Condon, diretor de pesquisas do mercado financeiro asiático no ING de Cingapura.

O PIB chinês praticamente dobrou em cinco anos, graças a uma onda sem precedentes de industrialização, urbanização e investimentos internos, estes incentivados pela adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001.

Recentes declarações de líderes chineses, voltados para a criação de empregos, sugerem que eles consideram possível manter esse crescimento, mesmo com os riscos que isso acarreta.

O PIB chinês agora soma 2,7 trilhões de dólares, o que dividido pela gigantesca população de 1,3 bilhão de pessoas dá pela primeira vez uma renda per capita superior a 2.000 dólares, bem abaixo dos 42 mil dólares dos EUA.

Mas vários economistas acham que o governo chinês deve conter a economia elevando as taxas de juros, possivelmente neste trimestre, e permitindo que o yuan se valorize mais, o que seguraria as exportações.

O crescimento do PIB superou as estimativas oficiais preliminares, de 10,5 por cento, e também a expansão de 2004 (10,4 por cento). A última vez que o país havia crescido tanto fora em 1995, 10,9 por cento.

O Departamento Nacional de Estatística disse que a economia teve uma ligeira desaceleração no último trimestre de 2006, quando cresceu “só” 10,4 por cento — 0,2 ponto percentual a menos que no trimestre anterior. Economistas atribuíram essa desaceleração a algumas medidas restritivas dos últimos meses.

Desde abril, o Banco Central aumentou os juros duas vezes e quadruplicou o compulsório bancário (parcela que não pode ser emprestada). Também houve críticas públicas a autoridades nacionais e regionais que abusam dos gastos públicos, falham no planejamento dos investimentos e não respeitam as regras ambientais.

(Reportagem adicional de Langi Chiang e Kevin Yao)

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Parmenas Alt
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