A China alertou para uma batalha de “vida e morte” com o Dalai Lama na terça-feira (quarta-feira no horário local), ao tentar acabar com a onda de protestos na região do Tibete, que resultou em prisões e aperto do controle político.
O premiê chinês, Wen Jiabao, acusou o líder espiritual tibetano de planejar os protestos ¿ que culminaram em tumultos na sexta-feira na capital do Tibete, Lhasa ¿ desde sua base na cidade indiana de Dharamsala, onde ele vive em exílio.
“Estamos no meio de uma dura luta envolvendo sangue e fogo, uma luta de vida e morte com a camarilha do Dalai”, disse Zhang Qingli, secretário do Partido Comunista do Tibete, em uma teleconferência dos líderes da região e da sigla.
“Líderes de todo o país devem entender profundamente como é ardorosa, complexa e de longo prazo a natureza da luta”, afirmou ele em comentários publicados online pelo China Tibet News.
A mídia estatal chinesa diz que 105 pessoas se renderam à polícia por participarem dos protestos em Lhasa após autoridades fixarem um prazo até a meia-noite para os manifestantes se entregarem nos tumultos que funcionários do Dalai Lama acreditam terem matado 99.
A China, cujas tropas comunistas entraram no Tibete em 1950 após tomarem o controle de Pequim, estima em 13 o número de mortos em Lhasa. A mídia estrangeira não tem acesso à área sem a permissão do governo, dificultando a verificação das fatalidades.
Reuters