quinta-feira, 21/11/2024
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China abre guerra comercial contra EUA e Europa

A China n&atildeo perde tempo e abre na Organiza&ccedil&atildeo Mundial do Com&eacutercio (OMC) a primeira disputa comercial contra Estados Unidos e Europa. Pequim se queixa de que americanos e europeus reconheceram o pa&iacutes como uma economia de mercado. A iniciativa manda um recado duro a todos os demais pa&iacuteses que pretendam manter barreiras contra os produtos importados chineses. O processo na OMC foi aberto menos de 24 horas depois do fim do prazo estipulado h&aacute 15 anos para o reconhecimento do novo status da China.

O caso deve aprofundar ainda mais a tens&atildeo com o presidente dos EUA, Donald Trump. O republicano, durante sua campanha, prometeu proteger os trabalhadores americanos contra os produtos chineses.

O Brasil tampouco reconheceu explicitamente a China nessa condi&ccedil&atildeo. Mas a ind&uacutestria nacional foi orientada a se antecipar e acelerou nos &uacuteltimos meses processos contra produtos importados chineses, adotando taxas de prote&ccedil&atildeo antes do prazo estipulado pelo acordo na OMC. Na avalia&ccedil&atildeo da Confedera&ccedil&atildeo Nacional da Ind&uacutestria (CNI), 66 mil postos de trabalho poderiam desaparecer no Brasil em apenas um ano se a China fosse reconhecida como economia de mercado.

A ind&uacutestria nacional tamb&eacutem foi orientada a esperar para ver como os tribunais da OMC v&atildeo tratar os casos envolvendo a China, antes de abrir novos pedidos de medidas antidumping. O que poucos imaginavam &eacute que, 24 horas depois do prazo final, a China abriria sua primeira disputa.

Prazo

No domingo, 11, concluiu-se o per&iacuteodo em que a China tinha para reformar sua economia, num acordo estabelecido em 2001 para a ades&atildeo do pa&iacutes &agrave OMC. Em troca, o governo chin&ecircs insiste no seu reconhecimento como uma economia de mercado, posi&ccedil&atildeo n&atildeo compartilhada por EUA, Jap&atildeo, Europa, &Iacutendia, Brasil e diversos outros pa&iacuteses. Em termos t&eacutecnicos, o novo status daria aos chineses a vantagem de ser tratado como todas as demais economias do mundo, sem discrimina&ccedil&atildeo comercial. Isso tem um impacto direto na aplica&ccedil&atildeo de medidas antidumping contra produtos chineses.

Em nota, o Minist&eacuterio do Com&eacutercio da China alertou que, mesmo com o fim do prazo, EUA e Europa continuam calculando a taxa de dumping com base em crit&eacuterios que j&aacute deveriam ter sido abandonados.

A China comunicou a outros pa&iacuteses da OMC e pediu para que cumprissem com suas obriga&ccedil&otildees, apontou o comunicado. Lamentavelmente, EUA e Europa n&atildeo seguiram isso, indicou Pequim.

O jornal&nbspO Estado de S. Paulo&nbspapurou que o governo chin&ecircs tem alertado Bras&iacutelia sobre os riscos que corre se repetir o comportamento de americanos e europeus. Dados da OMC, obtidos pelo jornal, mostram que 547 medidas antidumping foram aplicadas pelas maiores economias do mundo contra as importa&ccedil&otildees chinesas entre 2008 e 2016. S&oacute o Brasil aplicou mais de 60, n&uacutemero superior a todas as taxas contra produtos americanos, coreanos ou indianos, somados. As informa&ccedil&otildees s&atildeo do jornal&nbspO Estado de S. Paulo.-Isto&eacute

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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