Não é a primeira vez que a carne brasileira exportada para outros países apresenta problemas. Nesta semana, os Estados Unidos suspenderam a importação de carnes in natura após apontarem problemas com o produto.
Em carta enviada ao governo brasileiro, o Departamento de Agricultura dos EUA apontou a necessidade de uma revisão abrangente do programa de inspeção de segurança alimentar do país após a identificação de violações na carne in natura, como abscessos e material estranho não identificado.
Esse problema informado agora pelos Estados Unidos já havia sido comunicado em novembro de 2016 pelo Chile.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, a questão foi resolvida na época com o fatiamento da carne para exportação, para que as partes inflamadas fossem identificadas
Ele disse que as partes que possuíam indícios eram descartadas.
Segundo Novacki, os problemas apontados pelos Estados Unidos em relação à carne brasileira não oferecem risco à saúde pública e há indicações de que os abscessos encontrados no produto são uma reação à vacinação do gado contra febre aftosa.
Embora os problemas não coloquem em risco a saúde pública, Novacki afirma que “causa aparência não muito conforme” no produto.
“Tudo indica que sejam problemas causados pela vacinação. Mas pode haver também problemas de manuseio, de operação. Vamos detectar quando tivermos investigação concluída”, afirmou.
Segundo Novacki, haverá uma auditoria rígida para verificação da qualidade das vacinas contra aftosa. Ele também afirmou que foram suspensas as exportações das 15 plantas habilitadas no país para exportação da carne in natura para os EUA.
Estão entre as atingidas pela suspensão a JBS (cinco unidades), Minerva (quatro) e Marfrig (quatro), que lideram as exportações de carne bovina do país, o maior exportador global.
(Com Reuters)Veja.com