A missão humanitária organizada pela França para tentar libertar a ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há mais de seis anos, chegou nesta quinta-feira ao território colombiano, informou a emissora “France Info”.
Entenda a crise dos reféns das Farc na Colômbia
Lula apóia apelo de Sarkozy por libertação de Betancourt
O objetivo oficial da missão é tentar contatar as Farc e conseguir acesso à refém franco-colombiana para oferecer cuidados médicos.
Um porta-voz do Palácio do Eliseu se negou a comentar a notícia da chegada do avião à Colômbia, e reiterou que a operação seria mantida sob máximo sigilo.
O avião Falcon 50, que saiu de uma base militar nos arredores de Paris nesta quarta-feira à tarde, fez escala na ilha francesa da Martinica durante a noite, antes de seguir viagem à Colômbia.
Fontes próximas ao caso confirmaram à Agência Efe que, até o momento, as Farc não disseram se receberiam a missão humanitária.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que Betancourt está em “perigo de morte iminente”.
A missão conta com o apoio de Espanha e Suíça, que formam com a França o grupo de países “facilitadores” que há vários anos tentam mediar a favor de uma troca humanitária entre os reféns políticos das Farc e guerrilheiros presos.
A equipe inclui um médico e dois diplomatas, um dos quais é o ex-cônsul francês em Bogotá Noel Saez, que foi o emissário francês nos contatos com as Farc nos últimos anos.
As autoridades colombianas, que prometeram suspender as operações militares na zona onde operará a missão, informaram que receberam um pedido da França para aterrissar no aeroporto de San José del Guaviare, no sudeste da Colômbia.
Entenda o caso
Ingrid Betancourt, 46 anos, é uma senadora franco-colombiana seqüestrada durante sua campanha à presidência da Colômbia. Ela está em poder das Farc desde 23 de fevereiro de 2002 e é uma das 39 reféns que a guerrilha pretende trocar por 500 insurgentes presos em uma negociação de um acordo humanitário com o governo colombiano.
(Com Efe e France Press)
U.Seg