Dezinho também seria o responsável por coordenar o tráfico de mais de 15 toneladas de cocaína por ano
Odair Lopes Mazzi Junior, conhecido como Dezinho, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso em um resort de luxo na Praia dos Carneiros, em Pernambuco. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) o denunciou por envolvimento em um esquema ilegal que movimentou cerca de R$ 1 bilhão. Dezinho, que está ligado ao PCC há duas décadas, é descrito como membro de alto escalão da facção criminosa, responsável pelo setor financeiro e logística do tráfico.
A operação para capturar o criminoso foi conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco, em colaboração com o MP de São Paulo e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ressaltou a periculosidade de Dezinho, ressaltando seu papel relevante na facção criminosa. O fugitivo utilizava identidades falsas e frequentava resorts e condomínios de luxo em diferentes estados do país.
As investigações apontam que Dezinho e outras 13 pessoas estariam envolvidos em um esquema que desviou R$ 1 bilhão para o Paraguai, com o dinheiro sendo movimentado de forma fracionada e em compartimentos secretos de carros e cofres. Além disso, o criminoso também era responsável por coordenar o tráfico de mais de 15 toneladas de cocaína por ano. Sua importância dentro do PCC aumentou após a transferência de líderes como Marcola para presídios federais. Durante o período em que esteve foragido, Dezinho foi procurado em diversos estados, incluindo Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
Durante a prisão, foram encontrados documentos falsos, cartões de crédito e celulares em posse do criminoso. O MPSP deve solicitar nos próximos dias sua transferência para um presídio federal.
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