O presidente venezuelano, Hugo Chávez, voltou a pedir a Barack Obama que entregue à Venezuela o “terrorista” Luis Posada Carriles, acusado de ser responsável pela explosão de um avião cubano com 73 pessoas, fato que completa 33 anos.
“Lá está o terrorista, protegido pelo governo de Obama, que teria vindo oferecendo mudanças. Bom, Obama, mande para cá o terrorista, cumpra a lei e os compromissos internacionais”, declarou Chávez em uma entrevista.
“Se não lhe contaram, Obama, aí há um terrorista. Tomara que te contem. Esperamos que extraditem esse terrorista e assassino”, acrescentou o líder venezuelano.
Além disso, Chávez enviou uma saudação ao líder cubano Fidel Castro a quem expressou sua “solidariedade e lembrança” pelas vítimas daquele atentado.
“Fidel, nossa solidariedade e àqueles jovens que morreram em um dia como hoje”, expressou Chávez, acrescentando que o atentado foi planejado na Venezuela por Posada Carriles e pelo cubano anticastrista Orlando Bosch.
Posada, de 81 anos, é acusado pela Venezuela de ser o responsável, entre outros delitos, pelo atentado contra o voo 455 da companhia Cubana de Aviação no dia 6 de outubro de 1976, matando 73 pessoas.
Posada, segundo documentos americanos, trabalhava para a CIA (Agência de Inteligência Americana) na Venezuela, onde ficou preso até conseguir fugir da prisão.
A Venezuela denunciou este caso ante o Comitê Antiterrorismo da Organização das Nações Unidas, a OEA (Organização dos Estados Americanos), o Movimento de Países Não-Alinhados e a União Interparlamentar Mundial.
Em janeiro de 2007, Posada Carriles foi acusado nos EUA de fraude e declarações falsas no processo de solicitação da nacionalidade americana, pelo que foi levado à prisão de Otero, no Novo México.
Em abril de 2007, a juíza Kathleen Cardone de El Paso decretou sua liberdade sob pagamento