Declaração vem à esteira do recente anúncio, por parte de grupo terrorista islâmico, da nomeação de Yahya Sinwar, chefe da organização na Faixa de Gaza, como seu novo comandante político geral
Sinwar, que estaria escondido nos túneis de Gaza, representa a linha mais dura e beligerante do grupo e é considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023 a Israel e tem sido o homem mais procurado pelo país desde então. “O Hamas expressa confiança no irmão ‘Abu Ibrahim’ (nome de guerra de Yahya Sinwar) como líder durante esta fase sensível e diante das complexas circunstâncias locais, regionais e internacionais. Rezamos para que Deus o guie e lhe conceda uma vitória clara e decisiva para nosso povo e nossa causa”, declarou o grupo em comunicado. O Hamas explicou que a escolha de Sinwar é o resultado de “deliberações extensas e minuciosas dentro das instituições de liderança do movimento”, depois de anunciar, no sábado (3), que já haviam iniciado “consultas urgentes” entre o escritório político e o conselho Shura, órgão consultivo secreto majoritariamente religioso, para discutir a sucessão.
Em resposta aos rumores, o grupo terrorista tranquilizou seus apoiadores, dizendo que essa não é a primeira vez que seus líderes são assassinados por Israel e que o movimento sempre sobreviveu “devido ao alto nível de institucionalidade e à Shura profundamente enraizada”, escolhendo rapidamente substitutos.
“O assassinato de Haniyeh, que acreditava em um acordo de cessar-fogo e em um acordo de troca de prisioneiros (com Israel) leva o Hamas a escolher um líder que gere a luta e a resistência contra o inimigo”, acrescentou a fonte à AFP. O ataque do grupo terrorista palestino em 7 de outubro no sul de Israel deixou 1.198 mortos, a maioria civis, segundo dados oficiais israelenses. Além disso, foram feitos 251 reféns, dos quais 111 permanecem sequestrados em Gaza, embora 39 deles estejam mortos, segundo o Exército israelense. A ofensiva de Israel em Gaza deixou 39.653 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território, que não detalha o número de civis e combatentes mortos.
AFP=JovemPan