O preço médio da cesta básica subiu em fevereiro em 13 das 16 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na comparação com janeiro. Segundo a Pesquisa Nacional de Cesta Básica, divulgada nesta terça-feira, 6 pela instituição, as maiores elevações foram apuradas em Fortaleza (11,51%), Recife (8,61%), Natal (5,88%) e Belo Horizonte (5,18%). As quedas foram apuradas em Porto Alegre (-0,81%), Aracaju (-0,76%) e Florianópolis (-0,09%).
Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, a cesta apresentou elevações menos expressivas, de 0,63% e 0,67%, respectivamente. Em Brasília, por sua vez, houve alta de 2,10%.
No primeiro bimestre de 2007, a cesta básica registrou elevação em 15 capitais, parte delas com aumentos muito expressivos, como é o caso de Recife (12,7%), Vitória (9%), Belo Horizonte (8,09%) e Fortaleza (7,53%). Apenas em Porto Alegre (-0,74%), a variação acumulada foi negativa. Em São Paulo, houve alta de 2,15%; no Rio de Janeiro, de 3,68%; e, na capital federal, de 3,04%.
Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, nenhuma localidade apresentou variação acumulada negativa. As maiores elevações foram apuradas em Recife (17,00%), Belo Horizonte (13,90%), Belém (12,64%), Fortaleza (12,10%), Salvador (11,79%) e Porto Alegre (11,22%).
A menor alta do período foi verificada em Brasília (1,69%) e as capitais paulista e fluminense tiveram cestas com elevação acumulada de 5,94% e 2,94%, respectivamente.
Cesta mais cara
Apesar de apresentar a segunda variação positiva de preços menos expressiva, a cesta de São Paulo foi a mais cara do Brasil em fevereiro. No encerramento do mês passado, o custo médio do conjunto de produtos alimentícios essenciais na capital paulista atingiu R$ 185,96, o que significou elevação de 0,67% sobre o valor verificado em janeiro e fez com que a cidade ultrapassasse Porto Alegre no ranking das cestas brasileiras com valor mais expressivo.
A capital gaúcha, que apresentou cesta com preço médio mais alto durante três meses consecutivos, ficou na terceira posição do ranking em fevereiro, com valor médio de R$ 184,85. Foi superada também por Belo Horizonte (R$ 185,37) e seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 177,69) e Brasília (R$ 177,08). João Pessoa (R$ 141,54) e Aracaju (R$ 141,66) apresentaram os menores valores para os alimentos essenciais.
Tomate e café em alta
De acordo com o Dieese, entre os produtos que se destacaram pela variação positiva, em fevereiro, o tomate e o café mereceram maior atenção. A instituição ressaltou, entretanto, que poucos produtos tiveram comportamento predominantemente de alta no mês passado.
O preço do tomate subiu em 15 capitais, sendo que, em nove, a alta superou 20%. Com aumento em 13 cidades, o café registrou as variações mais significativas em Curitiba (26,15%), Rio de Janeiro (14,63%) e Belo Horizonte (11,97%).
Outro produto citado foi o pão, com aumento de preços em 12 localidades, com destaque para Porto Alegre (4,34%), Recife (3,61%) e João Pessoa (2,30%).
Quanto às quedas, o Dieese informou que o comportamento mais marcante ocorreu com a carne, produto de maior peso da cesta e que está em plena safra. Dez capitais registraram baixa no preço deste item. Também o feijão, que se encontra em período da safra principal, e o açúcar, recuaram em dez capitais.
oe