O selo ‘Floresta Viva – Carbono Neutro’ foi criado para ser entregue às empresas ambientalmente responsáveis que participarem da Plataforma de Negócios Ambientais, administrada pelo Instituto Ação Verde. A certificação através do selo está diretamente ligada à neutralização das emissões de carbono promovida pelas empresas em Mato Grosso. Em Cuiabá, a Unimed Cuiabá foi a primeira a aderir à neutralização e receberá o selo nesta quarta-feira (15.12), a partir das 19h30, durante o evento ‘2011 com muito mais Ação’, no auditório do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt).
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) e o Instituto Ação Verde detêm a metodologia para execução do inventário de emissões, na qual empresas, indústrias ou mesmo prestadores de serviço podem conhecer o quanto de carbono estão liberando no meio ambiente. Qualquer instituição pode realizar o inventário, mas a neutralização é voluntária. Além da Unimed, a Gráfica Atalaia, a Plastibrás, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado, o Senai-MT e a Aprosoja já aderiram à neutralização e, durante o evento, também serão agraciadas com o Selo ‘Floresta Viva – Carbono Neutro’.
A comunidade de Barranco Alto, localizada no município de Santo Antônio de Leverger, será a primeira beneficiada com o pagamento por serviços ambientais, através da Plataforma. Durante o evento do Instituto Ação Verde, o líder da comunidade de pescadores irá receber o cheque de R$ 7.500 (sete mil e quinhentos Reais) pela área de recuperação e preservação florestal, negociada pela Unimed para neutralizar o carbono emitido neste ano.
Na comunidade, que foi a pioneira na adesão ao projeto de recuperação de Áreas de Preservação Permanente Degradada (APPD), mais de 100 mil mudas já foram plantadas em pequenas propriedades, com o objetivo de garantir o reflorestamento das margens do Rio Cuiabá e conter o assoreamento ou mesmo as erosões dos últimos anos. As áreas que estão em processo de recuperação ou mesmo as preservadas estão sendo colocadas à disposição de instituições para fazerem suas neutralizações.
Jackson de Arruda, de 38 anos, nascido e criado no Barranco Alto, resumiu a importância da iniciativa para sua comunidade. “Pra nós representa muito, com este dinheiro poderemos reativar o poço artesiano ou ampliar uma sala que está desativada na escola e fazer a sala de informática pras crianças. Estamos muito satisfeitos”.
Segundo o superintendente do Instituto Ação Verde, Paulo Henrique Borges, “o principal no pagamento por serviços ambientais é mudar costumes, o cotidiano das pessoas, fomentando e facilitando a preservação ambiental”. No Barranco Alto, com o aumento da conscientização ambiental e a motivação financeira, a comunidade já se mobilizou para recuperar uma área degradada, onde funcionava o campo de futebol.
Estima-se que a cada sete ou oito mudas plantadas, é sequestrada uma tonelada de carbono durante o ciclo de vida das árvores. No caso das áreas negociadas, haverá um monitoramento in loco durante três anos, além do monitoramento constante por imagens, via satélite.
Instituto Ação Verde – É uma organização não-governamental do setor produtivo de Mato Grosso e tem como integrantes a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool), Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem) e Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sincremat).
Fonte: Ascom Cipem com Unecom – Sistema Fiemt
