A Associação Mato-grossense dos Municípios-AMM mantém há três anos uma parceria com a Fundação Nacional de Saúde-Funasa que tem como objetivo viabilizar a perfuração de poços artesianos em municípios de todas as regiões do estado. O presidente da AMM, Neurilan Fraga, explica que a parceria desde 2017 vem contribuindo para o desenvolvimento e economicidade dos municípios.
Através da Central de Projetos, a entidade municipalista oferece apoio técnico para a realização dos estudos geofísicos necessários, além da elaboração dos projetos, sem nenhum custo para as prefeituras. “Já foram realizados pela Central de Projetos mais de 170 estudos geofísicos, e foram atendidos 55 municípios em diversas regiões. A economia gerada para esses municípios foi em torno de R$ 2 milhões até o momento”, disse Neurilan.
A Coordenadora da Central de Projetos da AMM, Monique Godoi, informou que com a solicitação dos gestores municipais, a equipe acompanha desde o início, faz o estudo e elabora o projeto. Ela frisa que a entidade já tem uma base de dados para os estudos e conta com uma equipe que tem conhecimento técnico. No decorrer desse período, a Central disponibiliza os geólogos que compõem o corpo técnico da AMM para realizar o estudo e indicar o melhor local para a instalação dos poços, além de protocolar o pedido de licenciamento junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente-Sema. A solicitação de autorização para perfuração e a outorga do direito de uso da água subterrânea é de responsabilidade de cada município. “O estudo para a instalação dos poços chega a custar, em média, de R$12 a R$15 mil, dependendo das dificuldades de acesso e distâncias onde se pretende perfurar os poços”, argumentou. Após o estudo geofísico, a Funasa arca com os custos da perfuração dos poços, para isso dispõe de orçamento do governo federal. As prefeituras disponibilizam as bombas e os reservatórios.
O geólogo Vinicius Caetano de Almeida Portela Tocantins, explica que a utilização de métodos de geofísica elétrica no estudo de casos envolvendo questões hidrogeológicas já é bastante utilizada no mundo inteiro. Na primeira etapa o estudo compreende o levantamento cadastral de poços perfurados nas proximidades da área e as informações através de Mapa Geológico. Na segunda etapa, os trabalhos de aerofotointerpretação relacionando com as informações da geologia do local. Na terceira etapa, é realizado os trabalhos em campo através da sondagem geofísica, com o método da eletrorresistividade. “Este estudo permite identificar pontos favoráveis a perfuração de um poço tubular para captação de água subterrânea. Os trabalhos realizados nos municípios, levam segurança ao gestor nos momentos de decisões sobre, onde aplicar os recursos financeiros de maneira a maximizar os resultados positivos”, observou o geólogo. O equipamento necessário para a realização do estudo é disponibilizado por um período pré-estabelecido pela Funasa.
A prefeitura por sua vez, deve ter a documentação necessária como posse da terra, ligação de energia elétrica no local e cercamento da área, onde são perfurados poços, beneficiando milhares de famílias que não tem acesso à água potável.
O município de Glória D’Oeste foi o último atendido no mês de julho, quando o prefeito Paulo Remédio solicitou o levantamento para perfurar dois poços artesianos. A prefeitura terceirizou a perfuração do primeiro na área urbana. O próximo deverá ser executado ainda no mês de agosto.
Agência de Notícias da AMM
