O São Paulo vinha de quatro vitórias consecutivas no Campeonato Paulista. Estava há oito partidas sem perder na temporada. Em Jundiaí, a ideia era aumentar esses números para que o Tricolor entrasse com gás total para o clássico de domingo, contra o Corinthians, na Arena Barueri. Mas o Paulista não tomou conhecimento das intenções do rival e tirou o time do Morumbi da ponta da tabela com um 3 a 2 no placar (assista aos melhores momentos).
Só no primeiro tempo foram dois gols, sendo que no primeiro Rogério Ceni falhou. Na segunda etapa, o arqueiro são-paulino tentou se redimir da falha. De pênalti, ele diminuiu a conta para 2 a 1 e anotou o seu gol de número 99 na carreira. Mas no terceiro tento do time interiorano, logo depois, Vanderlei fez o brilho da estrela tricolor diminuir. E não adiantou Dagoberto marcar o segundo para os comandados de Paulo César Carpegiani.
O revés em Jundiaí manteve o Tricolor com 31 pontos, mas agora na terceira posição, atrás de Corinthians (34) e Palmeiras (32). Tirou da equipe a chance de já cravar a sua classificação à próxima fase do torneio estadual, como fizeram os outros dois rivais. E deixa os atletas do São Paulo pressionados para o clássico de domingo, na Arena Barueri, contra o Timão. Há quatro anos o time do Morumbi não bate o adversário do Parque São Jorge.
Na próxima rodada, o time de Jundiaí, sétimo colocado com 24 pontos, enfrenta a Ponte Preta, às 18h30m de domingo, no Moisés Lucarelli.
Paulista arrasador
A ideia do São Paulo era emendar a quinta vitória consecutiva no Campeonato Paulista para chegar motivado no clássico contra o Corinthians, no domingo. Mas o Paulista deu de ombros para a pretensão são-paulina e, logo no começo da partida, abriu o marcador.
Com apenas um minuto, Weldinho fez boa jogada pelo lado direito, cortou para o meio e bateu de fora da área, no canto esquerdo. Rogério Ceni falhou, não segurou e deixou o rebote fácil para o atacante Fabiano, de cabeça, fazer 1 a 0 para o Paulista.
O São Paulo, apesar do susto inicial, não se abateu. Com Dagoberto e Fernandinho, a dupla de ataque mais eficaz de Paulo César Carpegiani – juntos somam 12 gols na temporada – , o Tricolor avançava com facilidade. Falhava na pontaria, porém, como no lance em que Fernandinho recebeu livre pelo lado esquerdo, mas chutou por cima do gol, aos 15 minutos.
Para dar mais mobilidade ao lado direito, Carpegiani trocou Casemiro por Ilsinho. Mas a mudança não surtiu o efeito esperado. Aos 36 minutos, Weldinho recebeu de Marquinhos na meia direita, quase na entrada da área. Fingiu que ia chutar, esperou a chegada de Juan e bateu cruzado para acertar o canto oposto de Rogério Ceni.
As conclusões erradas de Dagoberto e Fernandinho mostravam que a noite parecia não ser do São Paulo. Alheio ao problema do rival, o Paulista comemorava a vitória parcial sobre o líder do campeonato. E a tranquilidade para descer para os vestiários.
Rogério Ceni 99; Paulista 3 a 2
No segundo tempo, o São Paulo procurou acelerar o jogo pelo lado direito com Ilsinho. E logo no primeiro lance perigoso, o lateral avançou dentro da área e só parou quando foi derrubado por Eli Sabiá, aos seis minutos. Foi então que Rogério Ceni se preparou para ficar um pouco mais perto de uma marca histórica.
Com categoria, o goleiro são-paulino colocou do lado oposto ao de Felipe Alves. Era o gol de número 99 da carreira do arqueiro-artilheiro. Rogério Ceni, que não tinha aparecido bem nos gols do Paulista, diminuía o placar para 2 a 1. Mas não por muito tempo…
Foram somente cinco minutos entre a esperança do empate e o novo balde de água fria nos planos tricolores. No contra-golpe veloz do Paulista, que aproveitou bem a bobeira da defesa são-paulina, Vanderlei recebeu entre dois zagueiros e bateu entre as pernas de Ceni. Os 3 a 1 levantaram a torcida do time interiorano no Jaime Cintra.
Mesmo com o placar mais amplo, o São Paulo ainda tinha mais posse de bola. E chegava com perigo ao gol de Felipe Alves. Aos 24, a dupla formada por Fernandinho e Dagoberto funcionou. O camisa 12 cruzou na medida para Dagol fazer 3 a 2 e chegar a oito gols no ano.
Depois de ver a sua vantagem diminuir, o Paulista procurou segurar mais a bola no seu campo de ataque. Vez ou outra arriscava de longe, como no chute de Fabiano, aos 35 minutos. E nem precisou. A vitória estava consolidada e o São Paulo já havia perdido a liderança do Campeonato Paulista.
O revés, depois de oito partidas sem derrotas – a última foi para o Botafogo-SP, no dia 6 do mês passado (2 a 1) – tirava o ânimo dos são-paulinos para o clássico. E fazia os jogadores do Paulista celebrarem no banco de reservas, abraçados ao técnico Wagner Lopes.
GLOBOESPORTE