As ondas emitidas pelos celulares podem diminuir a quantidade, mobilidade e qualidade do esperma em quase 50%, até o ponto de alguns homens poderem ficar estéreis, diz a análise do centro de Cleveland, Ohio.
Quase 1 bilhão de pessoas no mundo todo utiliza celulares e em alguns países a quantidade cresce de 20% a 30% ao ano, segundo a imprensa britânica.
Os cientistas examinaram o esperma de 364 homens com problemas de fertilidade, de acordo com o estudo. Eles descobriram que os homens que mais usavam os celulares, com mais de quatro horas por dia, tinham a menor quantidade de esperma, 50 milhões por mililitro.
A quantidade era maior (86 milhões por mililitro) e saudável entre os que não utilizavam o celular.
O estudo foi feito em Mumbai, na Índia, onde os celulares não são utilizados por todos os grupos sociais.
O professor Ashok Agarwal, diretor da pesquisa, disse que “nos quatro parâmetros (quantidade, mobilidade, viabilidade e morfologia) havia significativas diferenças entre os grupos”.
“O povo utiliza telefones celulares sem pensar nas conseqüências. Os celulares podem ter um efeito devastador na fertilidade. Ainda tem que ser provado, mas pode ter um grande impacto, porque eles hoje são parte de nossas vidas”, ressaltou Agarwal.
Segundo a análise, alguns dos homens que mais utilizavam o celular tinham uma quantidade de esperma abaixo de 20 milhões por mililitro, limite que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define para a infertilidade.
A análise, apresentada ontem à Sociedade Americana para a Medicina Reprodutiva em Nova Orleans, renovará as preocupações sobre a segurança dos celulares, diz hoje o jornal britânico “The Independent”.
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