Apesar de não ter sido informada sobre os fatos, entidade trabalha em conjunto com a Fifa para um modelo padrão de investigação para casos semelhantes
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) descartou nesta quarta-feira, 10, a possibilidade de paralisação do Campeonato Brasileiro 2023, após denúncia do Ministério Público (MP) de Goiás que investiga participação de jogadores em esquema de apostas de jogos das Séries A e B. Até o momento, com o avanço da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo MP, 16 pessoas já se tornaram réus. Há a expectativa que mais atletas entrem na mira da Justiça. A ação investiga uma possível manipulação de resultados em 13 partidas de futebol: oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais realizados em 2023. Os casos investigados envolvem apostas por lances específicos, como cartões amarelos e vermelhos, além de pênaltis.
Em nota divulgada para a imprensa, a CBF descartou a possibilidade da competição atual ser suspensa. A entidade ressaltou que trabalha em conjunto com a Fifa e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. A confederação também disse que não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos. “Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente”, diz um trecho do documento. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, também se manifestou sobre o caso, afirmando que “quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial”. “Venho trabalhando em conjunto com a Fifa, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados”, assinalou. Ednaldo enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal (PF) entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF concluiu dizendo que “estará à disposição para dar todo o apoio necessário”.
JOVEMPAN