A saúde pública de Várzea Grande dá mais um passo em busca da excelência no atendimento aos usuários. Neste mês, foram realizadas as primeiras cirurgias de catarata pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no município. No próximo dia 5 de abril, outras cinco pessoas passarão pelo procedimento que devolve a visão nítida ao paciente.
A catarata atinge a visão de mais de 50% das pessoas acima de 60 anos. A doença se manifesta por meio de um turvamento progressivo do cristalino, que interfere na absorção da luz que chega à retina, perdendo a qualidade da visão.
As intervenções foram iniciadas no dia 15 e 29.03 foi realizada a terceira cirurgia. Onze pessoas foram beneficiadas nestas três etapas e todas sofriam com a catarata. A cirurgia na rede privada pode custar cerca de R$ 4 mil.
Em curto prazo, a meta da Secretaria de Saúde e do Centro de Especialidades Médicas (Postão), é buscar mais um hospital credenciado ao SUS que esteja aparelhado para a intervenção. Neste primeiro momento, o procedimento é realizado no hospital Santa Rita, na região central da cidade. “Com esta unidade será possível realizar 40 cirurgias/mês. Outro credenciamento dobrará a nossa meta: Serão ao todo 80 beneficiados ao mês”, exclama o diretor do Postão, Marcelo Costa. Ele esclarece que o Santa Rita está habilitado também para realizar por meio do SUS, cirurgia de estrabismo.
O diretor explica que no momento, somente no Centro de Especialidades há uma fila de espera de cerca de 100 pessoas. “90% dos pacientes com catarata são idosos. Acredito que ao divulgarmos as cirurgias, a demanda espontânea será maior e se precisar vamos realizar mutirões para manter nossa meta de atendimento mensal e beneficiar o maior número possível de pessoas”.
A cirurgia gratuita é fruto de um esforço conjunto da direção do Postão, da secretaria de Saúde do Município e do prefeito Murilo Domingos. “Corremos atrás deste credenciamento e Várzea Grande inova e sai na frente na prestação de serviço mais uma vez”, frisa Costa.
CIRURGIA – O diretor do Postão explica que o paciente com qualquer problema que esteja dificultando a visão deve procurar a unidade e agendar uma consulta para avaliação médica. Se a catarata for diagnostica pelo oftalmologista e confirmada por meio de exames, é solicitada uma Autorização pata Internação Hospitalar (AIH) e em seguida, marca-se a data do procedimento. “As AIHs para esta intervenção tem sido liberadas em cerca de 20 dias”.
Antes da oferta de mais este procedimento, os pacientes com a doença ocular diagnosticada estavam na fila de espera de Cuiabá, que atende outros municípios da Baixada Cuiabana. “Com a oferta local deste atendimento especializado ganhamos em agilidade e principalmente, com a satisfação de quem recupera a visão. Para muitos pacientes a cura parecia um sonho distante e agora é um sonho realizado”, observa Costa.
EVOLUÇÃO – Atualmente a cirurgia de catarata é realizada em ambulatórios e consultórios e pode demorar apenas alguns minutos. Logo após a intervenção os pacientes recebem alta, vão para casa, necessitando apenas de alguns cuidados essenciais e orientação médica.
Fato que mudou completamente, se compararmos com alguns anos atrás, com internações de uma semana ou mais, além de uma série de complicações.
A cirurgia de remoção da catarata se dá através por meio de uma técnica chamada de facoelmulsificação ou cirurgia de catarata com pequena incisão.
É usada uma anestesia tópica (local) na parte branca do olho (esclera) ou na córnea clara (logo acima da área onde a córnea encontra a esclera). Assim, a catarata é fracionada em partículas microscópicas usando o ultra-som e sendo aspirada pelo olho. Para compensar a remoção do cristalino, implanta-se uma lente intra-ocular. (Com site www.boasaude.uol.com.br)
VG