A rubéola é uma doença endêmica e por isso os casos registrados em 2008 em Cuiabá estão dentro da normalidade. Ou seja, não há surto de rubéola. A afirmação é do diretor de Vigilância em Saúde e Ambiente da Secretaria de Saúde de Cuiabá, Wagner Simplicio. Ele informa que foram registrados 25 casos de janeiro a novembro deste ano, além de quatro notificados e ainda não confirmados. As ocorrências decresceram desde que foi deflagrada a campanha nacional de vacinação contra a rubéola. “Não existe surto”, garante o diretor de Vigilância em Saúde e Ambiente da SMS, Wagner Simplicio.
Conforme registro oficial da SMS, de janeiro a abril de 2008 não foi registrado nenhum caso da doença em Cuiabá. Foram confirmados dois casos em maio, dois em junho e dois em julho. Os registros de rubéola na capital tiveram o seu pico em agosto, com nove casos. Em setembro, com o início da campanha nacional de vacinação, esse número caiu para seis. Wagner Simplicio informa que os casos continuaram em declínio com a intensificação da campanha. Em outubro foram três casos e em novembro apenas um. “Ainda estamos investigando quatro casos notificados entre outubro e a primeira quinzena de novembro”, acrescenta.
“Chegamos a 85% de cobertura apesar de todos os esforços do município para chegar à meta”, frisa o diretor. Seguindo parâmetros do Ministério da Saúde, Cuiabá deve imunizar 283.877 pessoas, sendo 146.679 do sexo feminino e 137.198 do masculino, com idades entre 12 e 39 anos. Até o momento foram vacinadas cerca de 238 mil pessoas, restando em torno de 45 mil.
Dentre as ações da secretária para atingir 95% da população ele cita os postos de vacinação nas 65 unidades do Programa de Saúde da Família (PSFs) e 25 Centros de Saúde, em shows, feiras livres, durante nas seções eleitorais (dois turnos), cemitérios, eventos e em empresas privadas. “Chegamos a vacinar de casa em casa na região do CPA, onde foi registrada menor cobertura vacinal, mas não prosseguimos por falta de aporte financeiro”, revela Wagner Simplicio, lembrando que das pessoas que ainda não procuraram a vacina são do sexo feminino e da faixa etária dos 20 aos 30 anos. “São mulheres que já tiveram filho e que acham que não precisam ser vacinadas”, lamenta o diretor.
Amanhã (12/12), a coordenação da campanha em Cuiabá se reunirão com uma equipe da Atenção Básica para definir novas estratégias de imunização para os PSFs e Centros de Saúde. “Não descansamos nenhum minuto durante toda a campanha e vamos continuar insistindo em busca da meta de cobertura vacinal contra a rubéola”, completa o diretor.