O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, admitiu nesta quarta-feira a possibilidade do Congresso pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por envolvimento com escândalos como “mensalão” e “dossiê Serra”, em um segundo mandato. Segundo ele, a hipótese é “viável”. Busato argumenta que, com a renovação do Legislativo, o impeachment ganharia força.
Segundo ele, o pedido só não foi acatado neste ano devido a duas premissas. Primeiro, a dificuldade devido ao calendário eleitoral e, segundo, pela falta de confiabilidade da própria Câmara em função dos problemas ocorridos nesta legislatura. “Com o novo Congresso, essas duas premissa deixam de existir. Teríamos um clima com muitas evidências e o tema poderia voltar à tona”, afirmou.
Busato também criticou o pedido de prisão dos petistas envolvidos com a tentativa de compra do dossiê contra candidatos tucanos. Segundo ele, o pedido dificultou o clima das eleições, uma vez que a ordem de prisão é inócua. “Eles deram tempo para todos se prepararem, fugirem e confundirem a população”, afirmou Busato referindo-se à lei que não permite a prisão de eleitores cinco dias antes das eleições, a menos que seja em flagrante.
Sonbre a possibilidade de um segundo turno, Busato disse que seria mais saudável para a população se ele realmente ocorresse. “Teríamos mais tempo para esclarecer os fatos que ainda estão muito difusos”, afirmou.
Redação Terra