Engenheiro ofereceu à agência de inteligência militar brasielira dados sigilosos da tecnologia dos reatores nucleares de um submarino de ataque que custa US$ 3 bilhões
Um casal de espiões foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos por tentar vender dados sigilosos da tecnologia dos reatores nucleares de um submarino de ataque que custa US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhão). Uma tecnologia que permite que os submarinos fiquem submersos por mais tempo e se mova mais furtivamente. Segundo o jornal The Washington Post, Jonathan Toebbe, 44, confessou o crime, e contou que sua esposa, Diana Toebbe, o ajudou. O homem tinha autorização de segurança ultrassecreta na Marinha dos EUA, por isso tinha acesso à informação. Apesar do crime prever prisão perpétua, Jonathan foi condenado a 19 anos de prisão, enquanto sua parceira por quase 22 anos. A razão que faz com que ela tenha pegado mais anos que o homem, é o fato dela ter tentado se comunicar por meio de cartas com o marido enquanto estava na prisão. “Eu acreditava que minha família estava sob uma terrível ameaça, que a própria democracia estava à beira do colapso. E esse tipo de pensamento catastrófico me dominou”, disse Jonathan na audiência. O engenheiro tentou vender os códigos para o Brasil em abril de 2020 por meio de uma carta, mas a agência de inteligência militar do Brasil não aceitou e entregou a mensagem ao adido legal do FBI no país. Através de um disfarce, um agente infiltrado norte-americano conseguiu se passar por um agente brasileiro e conquistar a confiança do homem, sendo dessa forma que o crime foi descoberto e ele preso em outubro de 2021. No julgamento, realizado na quarta-feira, 9, eles foram chamados de “traidores confessos que cometeram atos horríveis contra a nação”, pela juíza do distrito, Gina Groh. Jonathan foi acusado de oferecer 21 pacotes de dados sigilosos em troca de US$ 5 milhões, já Diana, acusada de atuar na entrega no material.